“Quando eu vi aquela nota, eu entrei em total desespero e neguei. Mentiu? Menti. Ponto. Ou eu omiti o fato? Omiti. Eu estava numa estrada, desesperado, desnorteado. Estava perdido. Falei: ‘meu Deus do céu. Que coisa?’ Desculpa o vocabulário: ‘que cagad* que aconteceu. Por que eu não discuti, por que eu não me levantei da mesa, por que eu não fui para o canto, não fui tomar uma água? Por que eu não fui bater a cabeça na parede. Sei lá. Mas já foi”, admitiu Alexandre Correa, conforme publicou o portal UOL.
A fala do empresário e marido de Ana Hickmann foi divulgada dois dias após ter agredido a mulher, conforme informações relatadas pela apresentadora no boletim de ocorrência. Alexandre Correa admitiu ter “negado a briga no sábado (11)” quando indagado pelo portal Leo Dias. O empresário classificou a discussão como uma “desinteligência entre casais” e mencionou ter ficado em pânico “diante da exposição do escândalo e da possibilidade de prisão”.
Ele negou a tentativa de dar cabeçada na mulher. “Isso não existe. Esse viés, isso não existe.” Mas no Boletim de Ocorrência (BO), Ana teria relatado que o marido ameaçou “dar cabeçadas nela ao prendê-la na parede”. Fato presenciado pelo filho do casal de 10 anos e funcionários. O registro foi realizado na delegacia de Itu, cerca de 100 Km da cidade de São Paulo.
A princípio, Ana Hickmann escolheu não pedir medida protetiva contra o marido. Contudo, a violência doméstica não é uma ação penal condicionada à representação e por isso a polícia abre o inquérito e o envia à Justiça mesmo sem a iniciativa da vítima. Ao passo que esse tipo de denúncia não pode ser retirada, conforme a lei nº 7.209 do Código Penal.
Também, a lei 14.550, aprovada nesse ano, “determina a concessão sumária de medidas protetivas de urgência às mulheres que denunciem terem sofrido violência doméstica ou familiar”. Com base nisso, independentemente da mulher ter solicitado, recebe essa proteção da Justiça. Enquanto o empresário afirma ainda não ter constituído uma linha de eventual defesa, por não estar ainda citado em nenhum processo e que não pretende tentar evitar a investigação.
Da redação do Portal 97
Fique bem informado, clique no ícone abaixo e faça parte da nossa comunidade, recebendo as notícias em primeira mão:
Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal 97 pelo WhatsApp (42) 99907-2942