A cada 23 minutos, um celular é roubado, furtado ou perdido no Paraná. É o que revelam dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que entre janeiro de 2019 e maio de 2023 registrou 99.280 solicitações de bloqueio de aparelhos de telefonia móvel no estado. Isso significa que 62 celulares são extraviados por dia, em média, o que dá uma dimensão do quão recorrente é o problema nas cidades paranaenses.
Os números foram levantados através do Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI), que contabiliza os bloqueios solicitados pelos usuários diretamente às operadoras e aos órgãso de Segurança Pública. Quem perde o celular ou tem o aparelho furtado ou roubado pode solicitar o bloqueio do mesmo contatando a sua operadora de telefonia móvel ou então diretamente pela polícia, no momento do registro da ocorrência (as polícias civis de todos os estados e o Departamento de Polícia Federal já têm acesso ao sistema que permite o bloqueio).
Segundo a Anatel, para realizar o bloqueio o consumidor deve informar o número da linha em uso no aparelho celular extraviado, o momento do evento e outras informações para realizar sua identificação. Com isso, tanto a prestadora como as autoridades policiais que aderiram à iniciativa são capazes de buscar a Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) do aparelho celular e realizar a inclusão no CEMI, sendo que o bloqueio da linha (simcard) é importante pois impede que ela seja usada em outro aparelho celular e gere custos indevidos na sua fatura, enquanto o bloqueio do aparelho celular impossibilita que o dispositivo acesse as redes móveis brasileiras.
Caso o consumidor recupere o aparelho que foi bloqueado no CEMI, é necessário entrar em contato com a autoridade policial ou com sua prestadora para realizar o desbloqueio, fornecendo as informações que garantem a sua identificação e propriedade do aparelho celular.
Ocorrências seguem em alta
No Brasil, o extravio de celulares está em alta. Prova disso é que no ano pasasdo houve 930.765 solicitações de bloqueio de aparelhos, número 7,6% superior aos 864.849 registros do ano anterior. Em todo o período analisado, apenas os anos de 2019 e 2020 tiveram mais registros (1.393.223 e 1.010.886, respectivamente).
Já no caso paranaense, houve alta nas ocorrências no ano passado, mas de maneira mais tímida: foram 20.720 solicitações no ano passado, 3,4% a mais do que em 2020. Em relação aos anos anteriores (2019 e 2020), contudo, verifica-se uma tendência de redução dos registros: em 2019, por exemplo, houve mais de 29 mil registros de celulares furtados, roubados ou perdidos.
Comparando-se, ainda, o total de registros de janeiro de 2019 a maio de 2023 entre todas as unidades federativas, verifica-se que o Paraná fica em 10º lugar entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. O ranking é liderado por São Paulo (1.954.987), que é seguido ainda por Rio de Janeiro (699.912), Minas Gerais (263.176), Bahia (225.542), Rio Grande do Sul (142.497), Distrito Federal (109.040), Pará (105.909), Goiás (102.787) e Pernambuco (99.574).
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