O ato, segundo a assessoria da prefeitura, foi realizado na tarde desta terça-feira (01/11), no 3º Batalhão de Polícia Militar. Nele, o “município de Canoinhas recebeu bens comprados com dinheiro de corrupção segundo as investigações da operação Et Pater Filium”, informou em nota o departamento de comunicação. A ação foi encaminhada pela Justiça, no repasse do patrimônio para a gestão municipal.
“Ação realizada pelo Ministério Público e Poder Judiciário devolveu aos canoinhenses os seguintes bens: dois caminhões Ford/Cargo e um Mercedes Benz, três escavadeiras hidráulicas e 36 veículos – entre utilitários e carros de passeio; além de um carro de luxo. O Município recebeu ainda a casa onde o ex-prefeito de Canoinhas, Beto Passos, morava”, descreve a assessoria de comunicação.
Willian Godoy agradeceu o apoio do Ministério Público durante o período em que esteve prefeito. Por sua vez, a prefeita eleita Juliana Maciel destacou que “a justiça estava sendo feita”. Essa entrega dos bens foi realizada pelo Ministério Público e acompanhada pela defesa do ex-prefeito. Conforme a assessoria da prefeitura, “a devolução foi realizada voluntariamente por Beto Passos.”
Ainda, de acordo com o departamento, esse retorno, em caráter liminar, “é fruto da colaboração premiada do ex-prefeito segundo o promotor Renato Maia de Faria e visa o ressarcimento à população”. Nessa mesma ação da Justiça, a prefeitura de Bela Vista do Toldo também recebeu alguns bens da operação, bem como, as polícias Civil e Militar. A Et Pater Filium desvendeu um amplo esquema de corrupção.
Tudo começou em Major Vieira, cidade vizinha a Canoinhas. Orildo Antônio Servegnini, ex-prefeito, e seu filho, Marcus Vinicius Brasil Servegnini, foram condenado a 40 anos de prisão, também terão que pagar mais de R$ 5 milhões por danos morais coletivos ao município. A decisão judicial atende ação penal do MPSC ajuizada em decorrência da operação Et Pater Filium, desenvolvida pela Subprocuradoria-Geral para Assuntos Jurídicos em conjunto com o GEAC, GAECO e Polícia Civil de Canoinhas.
Depois, em Bela Vista do Toldo, outra cidade vizinha, e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou em 29 de março a sétima fase da Operação Et Pater Filium, onde prendeu Beto Passos e o vice Renato Pike.
Beto Passou deixou a cadeia após seis meses e colaboração premiada. Pike segue preso. Antes disso, o prefeito havia renunciado ao mandato, pela ausência do vice, que estava detido, o cargo foi declarado vacante. Disso a realização de eleição suplementar em 30 de outubro. Nela, eleita a primeira prefeita da história de Canoinhas, Juliana Maciel, que ficará à frente da prefeitura nos próximos dois anos.
Da redação com informações e imagem/divulgação prefeitura de Canoinhas
