O dia 22 de setembro de 2022 ficará marcado na vida de Apolo Farias da Silva e sua família, pois é o dia em que o aluno foi aceito na MENSA, a maior sociedade de alto QI do mundo. O menino tem apenas 13 anos e desde muito pequeno já apresentava sinais de uma inteligência incomum.
A mãe de Apolo, Lady Dayana Tibes Farias, percebeu que sua inteligência era fora do comum desde muito pequeno, segundo ela, ele apresentava um rico vocabulário, construía opiniões críticas e fundamentadas sobre política e assuntos do cotidiano, fazia cálculos mentais avançados para a sua idade. “Era extremamente empático, sensível e ainda tinha um excelente senso de humor”, disse a mãe.
Lady relata que não foi fácil chegar até este momento pois desde sempre o filho pensava e se desenvolvia “fora da caixa”. “Sim, isso trouxe alguns aborrecimentos. Pois o senso aguçado de justiça, e a persistência em questionar sobre todas as coisas, sobre as regras, sobre os sistemas trouxeram alguns problemas”, conta a mãe
As reclamações nas escolas eram constantes, “teve um ano, que fui chamada 18 vezes na escola” relatou a mãe. Segundo a mesma, na maioria das vezes era porque ele não queria fazer a letra cursiva, ou porque não copiava do quadro em seu caderno. “Ele registrava tudo em sua memória e não julgava necessário copiar, na percepção dele era perca de tempo”.
Depois de muita insistência da mãe, o menino foi acompanhado e fez uma primeira entrevista para analisar seu caso, os profissionais se convenceram que Apolo tinha características de superdotação. “Ele foi submetido ao teste, na ocasião, ele tinha 9 anos, já foi detectado que ele tinha um potencial intelectual muito grande. O teste determinou que ele tinha um QI de 137 pontos”.
Dificuldades nas escolas
Como Apolo tem o intelectual muito avançado, sua parte sentimental também evoluiu rapidamente. Desde então, a mãe busca apoio para o desenvolvimento como um todo.
Nas escolas em que ele estudava estava mais avançado que os outros alunos e teve aulas especiais promovidas pela Secretaria de Educação. “Isso amenizou um pouco o desconforto, no entanto, sua capacidade intelectual continuava avançando, e ele se sentia frustrado, desmotivado a frequentar as aulas”, esclarece Lady.
“Ele sabe que ele é diferente, hoje ele já consegue compreender que as outras pessoas não têm a mesma linha de raciocínio que ele”. A mãe conta que Apolo teve uma professora em especial, Eliana Alves, que foi muito importante para o desenvolvimento do menino e, segundo a mesma, ele tem paixão enorme por ela.
Apolo está agora pleiteando a reclassificação escolar, a pedido da psicóloga e promovido pela diretora Eliane Renzo. Atualmente, está cursando o 7º ano no Colégio Estadual Cívico Militar Nicolau Copérnico e, se tudo der certo, ano que vêm cursará o 9º ano. O avanço escolar é algo que não acontece no município há mais de 15 anos. Quando o Apolo iniciar o Ensino Médio, a família irá solicitar novamente a aceleração de turma.
“Para os pais que percebem que seus filhos são inteligentes acima do comum, não se deixem levar pelo medo, pelo preconceito, vão em frente, busquem ajuda especializada, entendam seus direitos para oportunizar que seus filhos possam usar essa alta capacidade para ajudar, para o bem”, finaliza Lady.
Com informações de Folha de Irati.
