O anuncio veio nesta segunda-feira (21/02) a partir do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. A estratégia denominada “Vivendo com a Covid-19”, acaba com todas as restrições contra a Covid-19. A justificativa é de que a Inglaterra tem “níveis de imunidade suficientes” para confiar na vacina e em tratamentos. A decisão vale a partir de quinta-feira (24/02).
A medida tem oposição política e relutância das autoridades de saúde do país e foi anunciada na Câmara dos Comuns. Dentre outras coisas, acaba com a obrigação legal de autoisolamento dos infectados. Curiosamente, o anúncio foi feito em meio às investigações sobre festas do premier Boris Johnson durante o período de quarentenas impostas para os ingleses.
Apesar da não exigência legal de autoisolamento, após um teste positivo, aqueles que forem diagnosticados serão aconselhados a ficar em casa e evitar contato com outras pessoas por pelo menos cinco dias completos. Trabalhadores não precisam mais informar seu patrão da doença, ao passo que acaba o auxílio do governo aos infectados, segundo o anúncio.
“Vamos aprender a viver com esse vírus”, disse o primeiro-ministro. “Sei que toda a Câmara [dos Comuns] se juntará a mim para enviar nossos melhores votos a Sua Majestade, a Rainha, para uma recuperação completa e rápida. É um lembrete de que este vírus não desapareceu”, declarou Boris Johnson repercutindo o fato de Elizabeth II estar com Covid-19.
“Mas graças à incrível campanha de vacinação, o país está um passo mais próximo de voltar à normalidade e de finalmente devolver a liberdade às pessoas”, destacou sobre a vacinação feita no país. Our World In Data divulga que 73,3% dos ingleses estão totalmente imunizados. Número pouco acima do Brasil que tem 72,6% de sua população totalmente vacinada.
Enquanto isso, a maioria dos integrantes da Confederação do NHS (o sistema nacional de saúde do país) se diz contrária ao fim das medidas de isolamento anunciadas, em meio à investigação sobre uma série de festas na residência oficial de Downing Street durante o período de confinamento. Isso pode, inclusive, derrubar o premier inglês do cargo.
Inclusive, o presidente-executivo da Confederação, Matthew Taylor, ressaltou que a vacinação e os novos tratamentos contra a Covid-19 são consideráveis, mas critica a postura de Boris Johnson. “O governo não pode chegar, balançar uma varinha mágica e agir como se a ameaça tivesse desaparecido por completo”, declarou sobre o anuncio feito.
Da redação com informações do governo inglês, agências internacionais e foto governo britânico (gov.uk)