A matemática é muito simples e o apelo socialmente bem aceito pelo benefício ambiental. É opção do cliente a fatura digital de luz e água no Paraná, o que reduz consumo de papel e tinta, sendo medida de respeito ao Meio Ambiente. Emerson Bacil, no seu entendimento, observou essa geração de economia para Sanepar e Copel e sugere que as empresas revertam esses valores ao cliente ou sociedade.
A percepção de Bacil leva em conta, por exemplo, o marketing recente da Copel que quando seu cliente optava por não mais receber a fatura em papel, e sim na forma digital, se comprometer em doar R$ 2,00 para o combate aos efeitos da pandemia. “É apenas esse valor e uma única vez. Entendendo que a empresa economiza todo mês com papel e tinta e o justo seria recompensar o consumidor”, opina.
Essa mesma observação se estende para a fatura digital da Sanepar. Emerson Bacil reconhece ser um benefício para o Meio Ambiente, e indiscutível, ao evitar a impressão. “Por outro lado, se a Sanepar tem uma economia em papel e tinta (quando o cliente opta pela fatura digital), não seria justo reverter esse valor $ economizado para o consumidor? Mesmo alguns centavos, não vejo ser justo ir parar no caixa da Sanepar”, defende.
Por conta disso, Bacil mobiliza as redes sociais e meios de comunicação (inclusive no Programa do Bacil retransmitido em 13 emissoras, semanalmente no sábado e/ou domingo) esse assunto. Se a projeção de economia for, por exemplo, de R$ 0,50 para a Sanepar quando evita de imprimir a fatura, ele compreende que esses 50 centavos deveriam ser concedidos na modalidade de desconto ao consumidor.
Medida similar na energia elétrica. “Cliente que não recebe a fatura no papel colabora com o Meio Ambiente e, também, reduz o custo em tinta e papel da Copel, gerando menos gastos para a empresa. Penso ser justo que essa economia seja revertida para a sociedade ou consumidor”, detalha. Se não for um desconto direto ao cliente, Emerson Bacil reafirma o entendimento de reverter toda essa economia para fins sociais.
O argumento ambiental, evidentemente aceito de forma consensual entre as pessoas, acaba sendo usado para reduzir o custo e, apenas, gerar mais lucro para Sanepar e Copel. A fatura digital favorece o marketing das empresas, mas não beneficia nem o consumidor e nem a sociedade. A assessoria da Sanepar informou que “no momento não há essa possibilidade”. Da Copel não retornou até o fechamento da reportagem.
Da redação com informações de Emerson Bacil, Copel e Sanepar e imagem reprodução Copel e Sanepar