A disparada da inflação deixou a primeira refeição do dia ainda mais salgada para os brasileiros e deixou os itens tradicionais do café da manhã 9,4% mais caros nos últimos 12 meses, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (19) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Os dados apontam para saltos significativos nos preços do café em pó (28,7%), da margarina (24,3%), do queijo minas (12,7%) e do pãozinho (8,1%).
De acordo com o relatório, a inflação do café da manhã só não pesou mais no bolso das famílias porque o leite longa vida ficou apenas 0,67% mais caro, dando um refresco na média dos preços.
Para Matheus Peçanha, pesquisador do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) responsável pelo estudo, os preços dos alimentos ainda devem se manter em patamar elevado e encarecer todas as refeições dos brasileiros nos próximos meses.
“Apesar de várias commodities alimentícias aparentarem ter superado a crise climática, sobretudo milho e soja, a transmissão de preços desde o produtor de ração, passando pelo pecuarista até chegar ao consumidor final leva tempo, e uma nova tendência de alta no câmbio pode atrapalhar o preço do pãozinho”, avalia ele.
Apesar das variações, a inflação do café da manhã aparece ligeiramente mais baixo do IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor – Disponibilidade Interna), indicador da própria FGV que analisa a cesta de consumo dos brasileiros e acumula variação de 9,6% nos últimos 12 meses.
Da redação com informações Com Você