“Ser mãe é se doar, é ter o seu coração batendo fora do peito”
7 de maio de 2021
- Atualizado há 5 meses atrás
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Por Redação 97
O Cultura Sul Notícias desta semana trás cada dia uma mãe com uma história inspiradora, e nesta quinta-feira (06/05), não foi diferente, a entrevistada foi Eliandra Aparecida Olszewski de Oliveira, que contou um pouco sobre o sonho de ser mãe, dos percalços encontrados e desafios. Um relato repleto de sentimentos, que mostra que se você deseja algo, é preciso lutar, mesmo que em muitos momentos não veja a “luz no fim do túnel”, mas se acreditar, e continuar, a luz vai aparecer e iluminar a sua vida.
Eliandra iniciou contando um pouco de onde veio o desejo de ser mãe. Ela acredita que toda mulher tem esse desejo dentro dela, algo que já vem com a mulher. “Acho que é algo natural da mulher. A partir do momento que a mulher encontra uma pessoa que ela queira construir um futuro, o desejo de ser mãe é natural”, comentou. Sua primeira gestação foi uma surpresa, ela contou que era um final de ano, estava viajando com o marido, quando passou mal, compraram um teste e deu positivo, mas deu apenas 10 dias de gestação e acabou perdendo.
“Essa foi a minha primeira perda, a partir daí, iniciou uma batalha. Veio a segunda, a terceira perda, muitas pessoas falavam que era normal, mas não achávamos que isso era normal, fiz vários exames, alguns davam normais, até que o Dr. Rodrigo, descobriu que eu tinha trombofilia. Foram nove anos de tratamento, de procura, de busca e nesse período, nove perdas gestacionais, até que engravidei da Cecília”, relembrou.
Eliandra contou sobre o sentimento da perda, e que hoje consegue compreender os momentos que passou e tornaram a mãe que é atualmente. “Hoje eu vejo com outros olhos tudo o que passei, eu vejo que cada perda, Deus estava me preparando, pois eu não seria a mesma mãe que eu fui para Cecília, minha primeira filha, há nove anos atrás. Foi dolorida cada perda, só quem passa sabe explicar”. Ela continuou o relato, explicando que a dor é uma só, não tem como colocar na balança a perda de um filho na barriga ou com uma certa idade.
Após tantas perdas, fez o curso para adoção, mas ela e o marido não se sentiam preparados, com isso levaram dois anos para entregar todos os documentos no fórum, ficaram três anos na fila, quando veio a décima gestação que seria diferente de todas as outras. Eliandra conseguiu segurar a gravidez, que foi tranquila até o final. “Não tive nenhuma intercorrência, mas no final eu tive pré-eclâmpsia e a Cecília acabou nascendo de 37 semanas”, explicou.
Esse momento com certeza nunca será apagado na memória de Eliandra. “Foi um momento maravilhoso, quando você pega no colo, que você sabe que é seu. A ficha só caiu quando eu cheguei em casa, que eu olhei para minha mãe e eu ali chorando falei, mãe eles me deixaram trazer ela para casa, é minha. Ali foi um momento de glória, de vitória”, relatou emocionada.
A segunda gravidez foi uma grande surpresa, pois descobriram quando Eliandra estava com quase três meses de gestação, pois como tem trombofilia, teria que tomar injeções de anticoagulantes todos os dias, o que na primeira gravidez começou a tomar antes e nessa iniciou assim que descobriu a gestação. Diferente da primeira, essa segunda gravidez teve algumas intercorrências, pois ela teve toxoplasmose e citomegalovírus positivado.
“A pediatra que acompanhou a gestação da Olívia, desde o nascimento relata que ela é um milagre, porque nós esperávamos sequelas mínimas, mas esperávamos sequelas, e ela nasceu perfeita. Quando a pediatra entregou o laudo da alta, ela disse emoldurem esses papéis, porque isso, a medicina não explica, isso é um milagre de Deus”, relembrou
Em relação a o que é ser mãe, Eliandra foi enfática. “Ser mãe é se doar. Você tem o teu coração batendo fora do peito. O sentimento eu acho que só quem é mãe sabe desse sentimento e é maravilhoso, muito melhor do que a teoria, do que eu imaginava, é gratificante, não tem como explicar”. E encerrou o seu relato desejando um feliz e abençoado dia das mães à todas as mães.