Com o outono e o inverno, além do frio, e das temperaturas mais amenas, típicas das estações, várias delícias da culinária que são próprias dessas estações surgem nas refeições, como o pinhão, que diferente do que muitos pensam, é saudável, rico em fibras, proteínas, carboidratos e minerais, potássio, cálcio além de ter ferro e zinco, importantes para o organismo, segundo o nutricionista Felipe Karpinski, que explica que é mito, quando falam que o pinhão engorda.
O pinhão pode ser ingerido cozido, assado ou simplesmente usado como ingrediente em pratos típicos. No passado, fazia parte da alimentação dos indígenas. Hoje, o pinhão tem presença marcante na culinária dos estados do sul do Brasil, com um sabor diferenciado e único, se encaixando em diferentes pratos gastronômicos, contudo, as qualidades do pinhão não se resumem às características de sabor e paladar.
Seus aspectos nutricionais são relevantes e infelizmente, pouco divulgados, como explica Felipe. “O pinhão não é um alimento muito calórico. Ao contrário do que muitos falam, não engorda, como nutricionista posso falar que nenhum alimento engorda se consumido em quantidade adequada, o que acontece com o pinhão, assim como em outros casos, é que a pessoa acaba ingerindo muitos em uma só vez, não tendo esse controle”, comentou.
Felipe explicou ainda, que em uma porção de 100 gramas de pinhão cozido contém:
Foto: AEN
Carboidrato 33g
Proteína 3,6g
Lipídeos 1,5g
Fibras 5,5g
Kcal 160
Lembrando que ao consumir o pinhão é essencial que ele tenha sido colhido após cair e não tirado, pois as pinhas imaturas apresentam casca esbranquiçada e alto teor de umidade, o que favorece a presença de fungos, podendo o alimento se tornar até tóxico para o consumo humano. Se consumido, pode prejudicar a saúde com problemas como a má digestão, náuseas e até episódios de constipação intestinal.
Pesquisa mostra benefícios do pinhão
Com o objetivo de contribuir para o conhecimento nutricional do pinhão, a Embrapa Florestas desenvolve uma pesquisa da caracterização nutricional em amostras de pinhões in natura e cozidos. Para isso são coletados pinhões nas Florestas Nacionais (Flonas) de Irati, PR Três Barras, SC e Passo Fundo, RS e no Banco Ativo de Germoplasma de Araucária, localizado na Embrapa Florestas. Do ponto de vista nutricional, o pinhão é um alimento rico em calorias. Assim, ele pode ser usado para ajudar no aporte calórico de trabalhadores braçais, atletas, crianças e adolescentes em fase de crescimento.
Por ser rico em fibras, o consumo de pinhão pode trazer diversos benefícios, como prevenir doenças intestinais. O pinhão é composto por vários minerais, como cobre, zinco, manganês, ferro, magnésio, cálcio, fósforo, enxofre e sódio. Porém, merece destaque no fornecimento de potássio, mineral que ajuda a controlar a pressão arterial. Ainda no pinhão, são encontrados os ácidos graxos linoleico (ômega 6) e oleico (ômega 9). Estes contribuem para a redução do colesterol no sangue.
Por isso, podem ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares. Os resultados parciais da pesquisa da Embrapa Florestas indicam que há diferenças na composição do pinhão cru e do pinhão cozido em água. Isso devido, principalmente, ao aumento na umidade após o cozimento. Uma alteração, que ocorre nesse processo, diz respeito aos minerais. Observa-se que alguns se concentram enquanto outros são perdidos na água de cozimento.
Da redação Cultura Sul com informações pesquisa Embrapa Floresta
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