A cena do comerciante com a mochila de entrega nas costas, em cima do Barão virou atração na cidade.
A repercussão foi tanta que a manifestação virou marca da lanchonete. O Brendow se transformou no “menino do cavalo” e o Barão, colega de trabalho.
“Não dá pra passar despercebido aqui no bairro, todo mundo conhece a história”, se divertiu.
Tudo começou com um protesto contra os reajustes no combustível. Só em 2021, foram seis aumentos. Uma alta de 54% de janeiro a março.
Assim como a maioria dos comerciantes, Brendow Álvares foi obrigado a se virar para seguir em frente com o negócio durante a pandemia. Dono de uma lanchonete no bairro Gávea I, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ele teve que reduzir os custos. Além de acumular o trabalho na chapa e na entrega, Brendow resolveu trocar a moto por um cavalo para economizar na gasolina.
Barão pertence a um amigo de Brendow. Muitos clientes fazem questão de receber o delivery por meio do cavalo.
“Agora além de exigências como hambúguer sem cebola, pão sem maionese, eles exigem também a presença do Barão. Já ficam na porta de casa, com o celular ligado”.
Já são mais de 15 dias com o novo modelo de entrega. Brendow está empolgado com a repercussão. Ele também é dono de uma égua, que fica em um sítio em Curvelo, na Região Central de Minas. O comerciante pretende levá-la para Vespasiano e até está construindo uma baia perto de casa. Ele faz planos para também usá-la no trabalho.
“Nunca iria imaginar que um protesto em forma de brincadeira iria dar tão certo”.
Olho Aberto Paraná