Uma criança de 2 anos matou a própria mãe com um tiro acidental ao pegar a arma do pai, no interior de Mato Grosso do Sul, na noite de sexta-feira (13), dentro da casa da família. Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos, chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Polícia Civil de Rio Verde de Mato Grosso, o pai da criança, o pecuarista Armando Hartmann, de 56 anos, disse que pensou que o disparo fosse uma bombinha de festa junina.
De acordo com relato dele aos investigadores, Armando estava com seu filho e a esposa na varanda de casa quando o menino pegou a arma que estava sobre a mesa, um móvel baixo, e disparou contra a mãe acidentalmente. Ela foi atingida no braço e no peito pelo mesmo projétil. O filho largou a arma e correu para a mãe.
O pai relata que, inicialmente, pensou que se tratasse de uma bombinha, daquelas usadas em festas juninas. Porém, ao ver que a esposa havia sido atingida, pediu ajuda para um vizinho, que é cabo da reserva do Corpo de Bombeiros. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o grupamento local da PM.
Armando diz que conversava com a esposa e não percebeu que o filho havia pegado a arma. Ele só viu o que tinha acontecido depois que examinou as imagens das câmeras de vigilância do local. As imagens mostram o menino pegando a pistola que estava sobre a mesa e, alguns instantes depois, apontando para a mãe. Foi quando ocorreu o disparo.
O pecuarista foi encontrado pelos policiais no Hospital Geral Paulino Alves da Cunha, em Rio Verde, para onde a mulher tinha sido levada. Ele indicou que havia apanhado a arma que o filho deixara cair e a colocou sobre a geladeira da casa. Os policiais apreenderam a pistola Glock 45 calibre 9×19 milímetros, um carregador, e 19 munições intactas, além de uma deflagrada. A arma estava em situação regular, segundo a polícia.
O pai da criança vai responder por omissão de cautela – falta de cuidado ou precaução envolvendo arma de fogo – e homicídio culposo, sem intenção de matar.
Conforme o Conselho Tutelar de Rio Verde, a criança passa por avaliação e acompanhamento por profissionais do setor psicossocial e terá o suporte necessário diante da tragédia.
Fonte: RicMais