O Cultura Sul Notícias desta sexta-feira (18) recebeu o casal de feirantes Jairo e Eliete Guerro, mais conhecidos como Shalon em São Mateus do Sul. A sexta-feira é dedicada a entrevistas sobre profissões, e o casal veio falar mais sobre como se tornaram feirantes, os desafios, as conquistas e como gostar do seu trabalho faz toda a diferença. O casal contou, em entrevista, que atuam como feirantes há 9 anos e, antes de entrarem nesse ramo, Eliete era representante comercial e Jairo caminhoneiro.
“Viajei muito. Foram 25 anos como caminhoneiro. Quando resolvi parar e começar um negócio de venda de caldo de cana”, conto Jairo, explicando que, durante suas viagens, sempre via pessoas vendendo caldo de cana nas estradas e gostava muito da bebida. Como não havia esse comércio em São Mateus do Sul, ele decidiu trazer a venda de caldo de cana para a cidade.
Eliete disse que, no início, estava receosa sobre o sucesso da ideia, mas mesmo com medo, apoiou o marido. “Nós dois tínhamos empregos fixos e estáveis. Sempre viajamos muito, o que nos afastava da família muitas vezes. Isso despertou em nós o desejo de mudar de área e tentar algo novo”, conto ela.
Após parar com as viagens, Jairo comprou uma máquina de caldo e levou para um rodeio que estava acontecendo na cidade na época. Segundo ele, isso foi para testar se as pessoas se interessariam pelo produto, e suas expectativas foram superadas. “Minha esposa e eu estava preparando os caldos e vendendo. A demanda foi tão grande que precisamos chamar mais pessoas para ajudar com os pedidos”, lembrou.


Devido à grande procura e à pergunta frequente sobre a continuidade do negócio, o casal decidiu seguir com as vendas de caldo na praça da rodoviária. Posteriormente, iniciaram as vendas na feira. Após um ano vendendo caldo de cana, Eliete contou que os clientes sugeriram que o caldo combinava perfeitamente com pastel, e questionavam por que não vendiam pastéis também. Foi assim que decidiu adicionar a venda de pastéis, complementando o negócio de caldo de cana.
“Após um ano vendendo caldo, começamos a fazer pastéis a pedido dos clientes. Hoje, nosso carro-chefe é o caldo de cana com limão e o pastel de linguiça, linguiça com requeijão e linguiça com queijo”, conto Eliete.


Origem do nome “Shalon”
Jairo e Eliete contaram que poucas pessoas os chamam pelos seus nomes atualmente, pois são conhecidos como Shalon, nome dado ao comércio de venda de caldo de cana deles. Questionados sobre a origem do nome, Eliete disse que foi ela quem escolheu. “Quando conversamos sobre abrir a venda de caldo, eu disse a Jairo que o nosso negócio seria diferente. Todos que eu conheço são chamados de ‘caldo de cana’, somente e eu queria um nome único para o nosso ponto de venda. Foi assim que escolhi ‘Shalon’.”
A feirante explicou que sugeriu esse nome porque ‘Shalon’ é uma palavra hebraica que significa paz. “Eu queria transmitir algo positivo e acolhedor para as pessoas, e o nome Shalon expressa exatamente essa mensagem. Hoje, muitos nos chamam assim”, relatou.
Desafios da vida
A vida não feita somente de alegrias. Durante a entrevista, Jairo e Eliete falaram sobre os desafios e dificuldades que enfrentaram. Alguns dias atrás, o casal se envolveu em um acidente a caminho de mais um dia de trabalho na feira. Eles contaram à equipe da Cultura que, mesmo diante das dificuldades, nunca pensaram em desistir.

“Era um sábado de manhã, por volta das cinco horas, estava a caminho da feira e havia muita neblina. Tudo aconteceu muito rápido. Um motorista embriagado saiu de sua faixa para a nossa, bateu nos veículos. Eu estava na frente com a Kombi, e o caminhonete vinha atrás. Ele atingiu a Kombi primeiro, me jogando para fora da rodovia e em seguida bateu na caminhonete. Graças a Deus, não sofremos nenhum ferimento grave”, relatou Jairo.
Eliete também conto que, após o acidente, eles desceram dos veículos, se abraçaram e agradeceram a Deus por estarem vivos. “Agradecemos a Deus pelo livramento. Estamos casados há vinte e oito anos e enfrentamos muitas dificuldades. Aprendemos com esses desafios. É um aprendizado que nos impulsiona ainda mais. Estamos bem, não sofremos lesões. Vamos continuar trabalhando, confiando que Deus nos dará saúde. Colocando Deus sempre em primeiro lugar, conseguiremos superar tudo”, concluiu.
Confira na integra a entrevista em Podcast abaixo:
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