Ir a uma benzedeira ou receber um benzimento faz parte da cultura brasileira. Aqui na região Sul não é diferente, já que, em muitas famílias, a tradição é milenar e passa de geração a geração. Afinal, quem nunca foi levado até uma casa onde morava uma benzedeira?
A atuação dessas pessoas, em sua maioria mulheres, é pautada na promoção de cura e de bem-estar por meio de rituais específicos, geralmente associados ao catolicismo popular, para cada situação.
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Nesse cenário, destaca-se o município de Rebouças: o primeiro na história do país a regulamentar a função das benzedeiras como agentes de saúde pública, cujas pessoas possuem uma certificação que permite a atuação profissional.
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Segundo a historiadora e pesquisadora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Vânia Inácio Costa Gomes, a prática do benzimento é muito forte no Brasil e se manifesta de muitas formas em diversas regiões do país. Por exemplo, no Nordeste a prática tende a se guiar por influências de religiões de matriz africana, já no Sul as referências católicas são mais presentes.
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Além disso, a pesquisadora explica que as benzedeiras foram perdendo espaço devido ao desenvolvimento da medicina, à ampliação do SUS e ao desinteresse de gerações mais novas em seguir a tradição.
Contudo, de acordo com a historiadora, a parcela da sociedade que atua como benzedeira tem resistido ao tempo.
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Da redação com informações de G1.