Cidadania

Quem nunca usou um lápis?

17 de outubro de 2019 - Atualizado há 5 meses atrás
7 minutos de leitura

Por Redação 97

Quem nunca usou um lápis?

Colecionar é um hobby que se perde no tempo, proporciona felicidade, alegria, prazer e, através dele, criam-se novas amizades.

Você já sentiu o doce prazer de ter uma coleção? O prazer de buscar, incessantemente, uma nova peça para sua coleção, ou encontrar a figurinha que faltava para completar o seu álbum? Ou, quem sabe, conhecer novas pessoas pelo simples ato de serem colecionadores?

Quando se trata de colecionismo, remete-se às lembranças de moedas, carrinhos, chaveiros, canetas, que são comuns e conhecidas que, na grande maioria, são encontrados por preços módicos. Porém, há os mais afortunados, ajuntadores de carros, motos, quadros, objetos raros. Há, ainda, os inimagináveis que formam coleções exóticas de guarda-chuvas, barras de sabão, sachês de condimentos, etc.

Apesar do exotismo das coleções, juntar lápis de grafite talvez seja uma das mais inusitadas. Nessa coleção curiosa, há a busca de lápis promocionais das décadas de 1940, 1950, 1960 e boa parte dos 70s. Eram comuns, pois promovia-se tudo com eles, desde empresas, clientes, amigos até as coisas mais simples como um produto de muita aceitação do público. Hoje, à guisa do tempo, são mais decorativos e temáticos, de fácil acesso no comércio.

Ainda que pareça mais um passatempo dos mais novos, há os eminentes colecionadores como o uruguaio Emilio Arenas que possui a maior coleção mundial de lápis, com mais de 16.260 unidades, segundo o livro dos recordes, Guinness Book. No Brasil, pode-se destacar Orisson Manoel Louro, de Minas Gerais, que possui 1047 lápis promocionais, sendo o maior colecionador do Brasil. É forçoso destacar, ainda, o Museu do Escrever, em Fortaleza, que tem um acervo com 3.430 lápis, dos mais diversos, destacados por uma placa com os seguintes dizeres “COLEÇÃO DE LÁPIS, PROMOCIONAIS, TEMÁTICOS E DECORATIVOS, COM 3430 UNIDADES, A MAIOR COLEÇÃO DO BRASIL”.

Na capital paranaense, o eminente professor Norca Batista possui um acervo com cerca de 5600 unidades, majoritariamente promocionais, produzidos entre as décadas de 1940 e 1970. Fazem também parte de sua coleção os lápis decorativos e temáticos. A partir da observação amiudada de alguns deles, pode-se traçar um painel da antiga Curitiba, cidade das lojas Hermes Macedo, da saudosa Papelaria Requião e de muitos outros lugares destacados. Os pequenos grafites de escrita atestam antigas fábricas de refrigerantes muito apreciados como a Crush e o Grapete. Um dos orgulhos da coleção do professor são os lápis que homenageiam o 1º centenário da Emancipação Política do Estado do Paraná, ocorrida em 1953.

Intuindo criar um Museu do Lápis, aqui em Curitiba, o lente, que de em quase 3 anos, aumentou sua coleção de 326 para 5600 unidades, afirma que sua coleção é fruto da ajuda de muitos dos seus e de seu círculo de amizades. Assevera que quer contar a história dos lápis a partir de cada unidade adquirida, para as gerações futuras. Para isso, aceita, com maior prazer, doações de quaisquer daqueles que tenham lápis em quaisquer condições de conservação.

Para encontrá-lo, basta enviar uma mensagem para [email protected], ou mesmo pelo telefone 41- 996008397.

“Um lápis, uma história”, sempre afirma.

Muitas pessoas, tem lápis antigos em casa, guardados em caixas, nas gavetas, sem a preocupação necessária do cuidado mínimo para preservá-los da umidade ou mesmo dos cupins.

Agradeço muito a sua pessoa, alguns colecionadores de lápis recebem apoio em suas respectivas cidades, e eu conto apenas com seu valoroso apoio, que tenho certeza absoluta que fará a diferença, após a sua divulgação.

Descrevo aqui alguns lápis raros que hoje estão inseridos na coleção:
Lápis da Curitiba antiga, onde o número do telefone possuía apenas 2 e 3 dígitos.

  • Telefone n° 16 = pertencente a J.O. Del Segue “ comércio e representações”; Rua 13 de maio 234.
  • Telefone n° 34 = Expresso São Paulo- Paraná; Rua João Negrão, nº470.
  • Telefone n°36 = “Fábrica de carimbos”- de F. Gonçalves; Rua Visconde de Nacar, 186.
  • Telefone n°46 = Belmiro Greca “ caixas de eternit para água”; Avenida Iguaçú, 278.
  • Telefone n°52 = “ Casa Hauer”; Rua José Boniácio, 66 a 86.
    Telefone n°53 = Cerâmica São Marcos= Rua Pedro Ivo, 198.
    Telefone n°57 = Peixaria Oceania; Rua Carlos de Carvalho, 10.
    Telefone n°84 = Papelaria Max Roesner; Rua São Francisco, 184.
    Telefone n° 86 = Empreza Funerária Pires, Rua Cruz Machado, 63,
    Telefone n°95 = Casa Ressetti” calçados”, de Virgilio Ressetti; Rua Marechal Deodoro Peixoto, 1178.
    Telefone n° 110 = Casa Vermelha , Eurico Fonseca & Cia, Rua José Bonifácio, 127.
    Telefone n° 329 = Casa Vieira, Rua Ermeliano de Leão, 31.
    Telefone n°432 = Tecidos Urca, Praça Tiradentes,356.
    Telefone n°706 = Confeitaria Cometa, Rua 15 de novembro, 410.
    Telefone n° 854 = Casa Edith; Praça Generoso Marques,37.
    Telefone n°874 = Confeitaria Stuart; Rua João Pessoa esquina praça Osório.
    Telefone n° 919 = Papelaria Requião Ltda. , Rua Dr. Murici, 725.
    Telefone n°956 = Capital das Modas, Rua 15 de Novembro, 229.

Agradeço mto,
Em cada ponta de um lápis, uma história para escrever e contar!

Por Norca com fotos do arquivo pessoal do colecionador/ divulgação

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