Preço do fumo para atual safra segue sem definição dos ajustes, após nova reunião realizada na sede da Afubra
25 de janeiro de 2020
- Atualizado há 5 meses atrás
4 minutos de leitura
Por Redação 97
Para definir a correção de valores, sete entidades representam
os fumicultores brasileiros nas negociações de preço. A Comissão de
Representação dos Produtores de Tabaco que é formada pela Associação dos
Fumicultores do Brasil (Afubra), Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul,
Faesc e Faep) e Federações dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep).
Desde 2016, quando da aprovação do regimento do Foniagro
(Fórum Nacional de Integração do Tabaco), conforme Lei 13.288/2016 (Lei da
Integração), ficou definido que o valor do fumo para as safras deve ser “sempre
realizado durante o mês de dezembro”. Na safra 2019/2020, de acordo com as
entidades, esta regra está sendo descumprida. Nova agenda, nesta sexta-feira (24/01),
fracassou.
A primeira discussão da correção dos preços foi realizada em
10 de dezembro de 2019, mas não chegou a um denominador comum entre empresas e
entidades. A segunda rodada de negociação, realizada nesta sexta-feira na sede
da Afubra em Santa Cruz do Sul, acabou, mais uma vez, sem acordos e com
sentimento de frustração por parte da Comissão de Representação dos Produtores.
Oito empresas fumageiras compareceram para a negociação, mas
a representação “denuncia o desrespeito das fumageiras com os produtores
de tabaco, pois as propostas de reajustes apresentadas não cobrem sequer o
custo de produção”, de acordo com publicação da Fetag/RS. As entidades,
também, reclamam do descumprimento das regras estabelecidas no Foniagro.
“É alarmante que as empresas que participaram da negociação
apresentaram valor inferior ao custo de produção por elas levantado, variando
de 2,1% a 2,85% os reajustes propostos. Sendo que uma não apresentou nem o
custo e nem proposta de negociação. Um desrespeito com os produtores de tabaco,
eles não vêem a realidade do campo”, afirma em nota a Comissão de
Representação.
Ao final da reunião, as entidades deram por encerrada a
negociação para esta safra e solicitaram reunião do Foniagro para o dia 05 de
março. O objetivo é de padronizar a metodologia do custo de produção e unificar
o levantamento dos dados para serem seguidos pelas empresas e a representação
dos produtores. Permanecendo indefinido o valor de reajuste a ser pago aos
produtores.
O indicativo inicial é que cada empresa apresente reajustes próprios de preços, mas sem um parâmetro oficial que é estabelecido justamente na Lei de Integração. A legislação leva em conta a discussão de correção dos valores com base no levantamento dos custos de produção e insumos. Disso a formulação do percentual a ser acrescido, empresa a empresa, com base nestes dados.
Com informações e fotos da Afubra e FETAG-RS
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