Segundo a Polícia Militar (PM), o padastro não explicou o motivo do cárcere privado. Nas tentativas de negociações da polícia, ele disse que não queria nada em troca e que não iria se render. A maior parte da negociação aconteceu pela janela da casa.
De acordo com as irmãs do homem, ele tem 39 anos e é padrasto do menino, de 12, e da garota, de 14. Ele tem uma filha de dez anos com a mãe dos adolescentes e convive na casa com eles há cerca de dez anos.
A criança e a mulher não estavam na casa. O pai da adolescente mora em Goioerê, no centro-oeste do estado, e estava no local acompanhando as negociações.
As ruas ao redor da casa foram isoladas pela polícia, e mais de 40 polícias foram chamados para reforçar a segurança e dar apoio a operação.
O suspeito estava desde o começo da tarde de segunda-feira com uma faca, conforme a Polícia Militar (PM). Ele amarrou os adolescentes, e as negociações começaram por volta das 15h.
Um grupo de quatro negociadores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), de Curitiba, auxiliaram na libertação dos adolescentes.
A mãe dos adolescentes tinha dormido na casa dos patrões, onde trabalha como diarista. O tio dos adolescentes sentiu a falta do menino, de 12 anos, que ajuda na chapeação da família.
Ao chegarem na casa, o padastro disse que não deixaria os enteados saírem. Enquanto estavam dentro da casa, eles não tinham acesso ao celular, nem a televisão.
A maior parte da negociação aconteceu pela janela da casa
Problemas com drogas
A irmã do suspeito contou que ele teve problemas com o uso de álcool e drogas, mas que passou por um tratamento em 2018. De acordo com ela, o homem tem um bom relacionamento com os enteados.
A assistência social de Cafelândia informou que ele ficou 45 dias internado em Londrina, na região norte do Paraná, e depois foi para uma chácara de recuperação em Campo Mourão, também no centro-oeste.
Ao todo, o tratamento durou nove meses, e ele saiu em janeiro deste ano. Desde então, são feitos acompanhamentos mensais. Foi informado que o homem estava bem e que não havia alterações no quadro dele. Segundo a família, ele trabalhava em uma empresa de construção civil, em Cafelândia.
Reprodução – G1 Parana
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