Nos últimos dias, um vídeo tem circulado nas redes sociais, gerando grande preocupação, especialmente entre os pescadores e frequentadores do Rio Iguaçu, em São Mateus do Sul. Nas imagens, um pescador local mostra o que seria uma “pescaria diferente”, com a captura de piranhas, um peixe carnívoro e conhecido por seus dentes afiados. O pescador comenta que é a primeira vez em sua vida que pesca uma piranha no rio, o que, para muitos, é um sinal de que a espécie estaria se proliferando na região.
O vídeo logo se espalhou, gerando especulações e receios de que as piranhas estivessem se tornando uma ameaça real para banhistas e pescadores. A ideia de que o Rio Iguaçu poderia estar recebendo esses peixes carnívoros causou apreensão em várias pessoas, e, como era de se esperar, o boato se espalhou rapidamente.
No entanto, ao buscar mais informações, a equipe do Portal P97 entrou em contato com o pescador que fez no vídeo, Luis Afonso Dobkowski Junior, e ele esclareceu que a história contada no vídeo não passa de uma brincadeira a famosa história de pescador.
Em conversa, ele explicou que a piranha mostrada no vídeo era real, mas na verdade o peixe foi trazido de Mato Grosso, e que ele apenas fez uma encenação dizendo que havia pescado o animal no Rio Iguaçu. “A maior parte dos pescadores mais antigos sabe que é mentira. O peixe estava congelado, e algumas pessoas já percebem isso”, comentou Luis, destacando a reação exagerada de muitos que acreditaram na história.
Apesar do pescador ter dado essa explicação, o vídeo já havia alcançado um grande número de pessoas e gerado preocupação, a ponto de alguns moradores enviarem mensagens dizendo que não deixariam seus filhos entrarem no rio neste verão, com medo das piranhas. “Por um lado, até é bom, porque evita que as crianças entrem no rio e algo mais grave aconteça. Mas o pessoal acreditou mesmo”, disse Luis, surpreso com a repercussão.
Este episódio levanta uma importante reflexão sobre a rapidez com que histórias se espalham nas redes sociais e a responsabilidade de verificar informações antes de compartilhá-las. Muitos, sem saber da veracidade, acabam contribuindo para que boatos ganhem força, gerando insegurança e pânico desnecessários. O caso das piranhas no Rio Iguaçu é apenas mais um exemplo de como boatos podem causar confusão, sem nenhuma base real.
O que fica claro é que, apesar das especulações, não há nenhuma evidência concreta de que piranhas estejam invadindo o Rio Iguaçu. E, para quem compartilha ou recebe esse tipo de conteúdo, a lição é clara: nem tudo o que circula nas redes sociais é verdade. O importante é buscar informações de fontes confiáveis antes de formar opiniões ou alarmar outros.
Agora, resta saber: você acredita nas história que circulam nas redes sociais ou prefere aguardar explicações mais fundamentada antes de espalhar os boatos por aí?