O Paraná é o segundo estado com maior média móvel nos últimos 7 dias de óbitos por Covid-19 no Brasil, segundo levantamento mais recente do Farol Covid. O Paraná registra 1,19 mortes por 100 mil habitantes nos últimos sete dias, só ficando atrás do Mato Grosso do Sul (1,8), mas na frente de estados como São Paulo (1,12), Mato Grosso, Ceará e Rio de Janeiro (com 0,99). O mesmo levantamento coloca o Paraná em alerta altíssimo há 13 dias com média móvel de 36.07 casos novos para cada 100 mil habitantes, o 11º lugar, com 36.07 novos casos para 100 mil habitantes, a 11º maior taxa do País.
O Farol Covid é uma iniciativa da plataforma CoronaCidades que oferece uma análise inteligente de dados abertos para mostrar a situação do coronavírus em cada cidade brasileira. Em sua nova versão, a ferramenta avalia o nível de alerta em cada estado, regional de saúde e município em 4 dimensões. Outro levantamento alerta que a situação pode piorar nos próximos dias no Estado. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que, na maioria dos estados brasileiros, os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) retomam a tendência de crescimento ou se estabilizam em patamares elevados.
A análise consta do boletim semanal InfoGripe, divulgado na sexta-feira (4) pela fundação. Segundo o estudo, o Paraná tem pelo menos metade de suas macrorregiões com sinal de crescimento de SRAG, além de alta probabilidade de aumento de casos nas seis próximas semanas. Na análise das capitais, Curitiba também está em alerta, porque apresenta forte tendência de crescimento nas próximas semanas. O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, diz que o cenário pode ser parcialmente atribuído à retomada da circulação da população e pede que a flexibilização das restrições impostas para frear a transmissão do vírus seja reavaliada.
Gomes pede cautela com a flexibilização de medidas como o distanciamento para redução da transmissão da covid-19, enquanto a tendência de queda não se mantiver por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja patamares significativamente baixos. É preciso também reavaliar as medidas flexibilizadas nos estados”, alerta em texto publicado pela Agência Fiocruz de Notícias.
A incidência de SRAG é considerada uma métrica para acompanhar a pandemia porque a covid-19 é a causa de 96% dos casos da síndrome que foram atribuídos a uma infecção viral e submetidos a testes. A análise divulgada na sexta é referente à semana de 23 a 29 de maio e revela agravamento na comparação com a semana anterior, quando cinco estados apresentavam queda na incidência da síndrome.
Da redação Cultura Sul com dados do BemParaná.