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Médico é condenado a pagar mais de R$ 160 mil por cobrar pacientes prometendo ‘furar fila’ do SUS

13 de agosto de 2025 - Atualizado há 4 semanas atrás
4 minutos de leitura

Por P97

Médico é condenado a pagar mais de R$ 160 mil por cobrar pacientes prometendo ‘furar fila’ do SUS

Foo: Ilustrativa

O médico ortopedista Adilson Cleto Bier, de Toledo, na região oeste do Paraná, foi condenado a pagar mais de R$ 160 mil em multas após cobrar valores ilegais de pacientes para antecipar cirurgias ortopédicas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em um esquema que funcionou entre 2014 e 2015.

Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as cobranças eram feitas diretamente no consultório particular do médico, que prometia “furar a fila” do SUS e agilizar os procedimentos.

A denúncia levou, em 2015, a uma operação da Promotoria de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que fez a prisão em flagrante do ortopedista. Ele foi solto no decorrer do processo e respondeu às acusações em liberade.

Na condenação, expedida em 6 de agosto, a Justiça determinou a devolução de R$ 53.786,82 — referente ao valor atualizado cobrado indevidamente de pacientes — e o pagamento de multa civil de R$ 107.573,64, totalizando mais de R$ 160 mil.

Além da penalidade financeira, Bier foi afastado da função pública, teve o credenciamento no SUS cancelado, os direitos políticos suspensos por oito anos e está proibido de firmar contratos com órgãos públicos por seis anos.

Em outro processo anterior à esta condenação, o médico também foi sentenciado por corrução passiva. Ele responde, ainda, a um outro processo pelo mesmo crime, conforme informou o MP-PR.

A defesa de Bier, que informou que o processo corre em segredo de Justiça e que não pode comentar o caso. Segundo o advogado Sérgio Canan, será apresentado recurso, pois a defesa acredita que a sentença poderá ser revertida no tribunal com o reconhecimento da inocência do médico.

O Conselho Regional de Medicina no Paraná (CRM-PR) informou, em nota, que foi notificado sobre os fatos e adotou todas as providências cabíveis no âmbito de suas atribuições como Conselho Profissional. O médico é cadastrado junto ao conselho e, atualmente, a situação do cadastro consta como regular.

Fonte: g1

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