Ganhando o Mundo: estudante Raquel Motelewski compartilha experiência de intercâmbio na Nova Zelândia
27 de agosto de 2024
- Atualizado há 3 meses atrás
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Por P97
Foto: Arquivo pessoal e arte P97
Raquel Motelewski, estudante de Antonio Olinto e moradora da comunidade de Arroio da Cruz, vivenciou uma jornada inesquecível na Nova Zelândia como parte do programa “Ganhando o Mundo”. Em entrevista, Raquel detalhou suas impressões e experiências ao longo dos seis meses que passou no país.
Primeiras impressões e adaptação
Ao falar sobre suas primeiras impressões, Raquel revelou que, inicialmente, tinha receios sobre a Nova Zelândia devido à distância e às diferenças culturais. No entanto, ao chegar, ela se encantou com a beleza do país.
“Quando desembarcamos e pegamos o ônibus para a minha cidade, parecia um país de outro mundo, de tão diferente e bonito”, contou.
A cidade onde Raquel residiu foi Whanganui, uma localidade que ela descreve como de tamanho médio, com o colégio situado a cerca de 15 minutos de carro da sua residência.
A adaptação não foi imediata. Raquel enfrentou desafios com o fuso horário, que era de aproximadamente 16 horas a mais em relação ao Brasil. Inicialmente, as conversas com a família eram limitadas a mensagens diárias, com videochamadas ocorrendo apenas aos finais de semana. Com o tempo, ela se ajustou à nova rotina.
Vida na Nova Zelândia
Sobre as acomodações, Raquel descreveu sua casa como grande e confortável, cercada e com espaço suficiente. A família anfitriã era pequena, composta pelos pais e a avó, com quem Raquel dividiu a casa. Durante seu intercâmbio, Raquel teve a companhia de uma intercambista japonesa, que deixou o programa após um período, permitindo que ela continuasse sua experiência sozinha.
Raquel também enfrentou desafios linguísticos, especialmente no início, quando o inglês rápido dos locais dificultava a compreensão. “Nos primeiros meses, foi complicado entender o que eles estavam dizendo e às vezes pedíamos para falar mais devagar”, lembrou.
Vida escolar e alimentação
Na escola, uma das principais diferenças que Raquel notou foi o sistema de trocas de salas pelos alunos, em vez de professores indo até as salas. Ela também teve que se adaptar ao horário e às refeições, com uma lancheira sendo necessária para o almoço, o que era um contraste com o sistema brasileiro. Apesar de a comida neozelandesa ser boa, Raquel admitiu que preferia a culinária brasileira. Entre os pratos típicos que experimentou, destacou as tortas salgadas e o tradicional fish and chips, além de ter notado a prevalência de batatas na dieta local.
Intercâmbio e impacto cultural
Participar de um time de vôlei brasileiro e explorar locais como o lago Taupo foram algumas das atividades extracurriculares que Raquel desfrutou. Ela também fez amizades duradouras com intercambistas de diversos países, como Japão, China e Alemanha, além dos “Kiwis” locais. A experiência não só proporcionou uma imersão cultural, mas também ampliou seus horizontes e perspectiva global.
Raquel destacou um aspecto cultural particularmente diferente: a prática de tirar os calçados antes de entrar em casa, uma tradição que ela achou peculiar e distinta da realidade brasileira.
Reflexões e planos futuros
A experiência também trouxe desafios pessoais, como o primeiro aniversário longe da família e a adaptação a uma vida independente. Raquel refletiu sobre como essas experiências ajudaram a moldar seu caráter e ampliaram suas perspectivas. Ela recomenda vivamente o programa para outros jovens, destacando que é uma oportunidade única de vida que pode transformar a visão de mundo de qualquer um.
Mensagem final
Raquel finalizou sua entrevista expressando gratidão à sua família, à escola e ao programa “Ganhando o Mundo” pela oportunidade de viver uma experiência tão enriquecedora.
“Foi uma experiência incrível, que recomendo a todos. Se você tem a chance, não hesite em participar”, concluiu.
A história de Raquel Motelewski é um testemunho do impacto positivo que um intercâmbio cultural pode ter na vida de um jovem, oferecendo não apenas aprendizado acadêmico, mas também crescimento pessoal e intercultural.