A família da pequena Yasmin Aparecida Campos, 11 anos, caiu em um golpe e perdeu todo o dinheiro para a compra de um medicamento importado, que prometia ajudar na cura contra o neuroblastoma, tipo de câncer agressivo que começou no pescoço e mediastino da menina, agora infiltrado nos ossos.
De Cascavel, Paraná, Yasmin foi diagnosticada aos cinco anos com o tumor maligno. Até 2019 fez quimioterapia e chegou a remissão. No entanto em 2020, a doença voltou de forma agressiva. Novamente, após um transplante, ficou curada por três anos. Em 2023, os sintomas voltaram, e de novo a luta retomada. Com a doença ainda mais grave. A recidiva óssea, quando a doença retorna, afeta novamente o paciente, mas dessa vez nos tecidos ósseos.
A única alternativa apresentada pelos médicos passou a ser o Danyelza. Após longos tratamentos paliativos, amigos e familiares passaram a arrecadar valor para aquisição do medicamento. Em paralelo processo judicial contra o estado tentava garantir o remédio para Yasmin que pode evitar o avanço da doença. Daniele Campos contou que no dia 11 de abril recebeu a informação de que os R$2.840.000,00 tinham sido depositados na conta da empresa importadora, a qual deu o prazo de 30 dias para a entrega. Ela teve em mãos as doses no dia 22 de maio após os medicamentos chegaram no voo, sem sela da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Este remédio não é fornecido no Brasil, é internacional de uma empresa sediada na India […] eles fizeram o pedido para que o Governo do Paraná pagasse essa medicação, eles conseguiram que através de sequestro de valores fosse realizado o pagamento da medicação”, detalha a Delegada Thais Zanatta.
A confusão começou quando a importadora, sediada em Santa Catarina vinculou uma terceira empresa que não está na decisão judicial. A Polícia Civil vai apurar para onde foram os valores encaminhados. Delegada Zanatta ainda conta que o dono dessa terceira empresa ‘desapareceu do mapa’ e por isso a investigação trabalha para identificar o paradeiro.
Nesta quarta-feira (12) Daniele, mãe da paciente, procurou a delegacia de Cascavel porque disse ter sido enganada.
A mãe alega que a empresa enviou um remédio falso, esta era a aposta dos familiares para que a menina fosse salva. A Justiça pagou R$ 2 milhões para fazer a compra do medicamento Danyelza, que está na lista dos mais caros do mundo.
Além disso, as doses enviadas irão passar pela perícia da Polícia Científica para identificar os componentes.
A vaquinha para ajudar a pequena Yasmin está disponível aqui.
Sesa emite nota sobre fornecimento do medicamento para tratamento de Yasmin confira
Portal Cultura Sul com informações Catve
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