Nesta sexta-feira, 09 de agosto, a Rádio Cultura Sul recebeu o professor de dança Marlon Sampaio, de 22 anos, para uma entrevista especial no programa “Sexta das Profissões” no Cultura Sul Notícias. Natural de São Mateus do Sul, Marlon compartilhou sua trajetória e desafios na dança, a importância da arte na vida das pessoas, detalhes sobre a sua trajetória, suas metodologias de ensino e as superações pessoais.
Sampaio começou sua jornada na dança em 2013, quando entrou em contato com o projeto social (PETI) Projeto de Erradicação do Trabalho Infantil, criado para erradicar o trabalho infantil e apoiar crianças em situação de vulnerabilidade. “Meu primeiro contato com a dança foi através desse projeto. Depois, fui para o Centro da Juventude, onde conheci o professor Antônio Marcos. Ele foi crucial para meu desenvolvimento e também a professora Rozeli, que infelizmente já não está conosco. Sem eles, minha trajetória seria muito diferente.”, frisou

Sobre os estilos de dança que prefere ensinar, Sampaio destacou: “Tenho quatro estilos principais: estilo livre, danças urbanas, jazz e dança contemporânea. Gosto especialmente das danças urbanas, que fazem parte da cultura hip-hop. No entanto, hoje em dia, misturo técnicas dos quatro estilos nas minhas coreografias, o que enriquece o processo criativo”, contou.
A metodologia de ensino de Sampaio evoluiu ao longo do tempo. “Inicialmente, eu me sentia preso às regras e técnicas convencionais, tentando provar minha profissionalidade. Com o tempo, aprendi a ajustar meu estilo, incorporando musicalidade e uma movimentação mais pessoal. Agora, desenvolvo coreografias que combinam esses elementos, respeitando tanto a técnica quanto a expressão individual dos alunos.”
Momento Marcante
Um dos momentos mais marcantes da carreira de Sampaio foi no festival do Rio Negro do ano passado (2023). “Minha aluna Luísa ganhou o prêmio de melhor bailarina. A emoção dela foi contagiante e me fez perceber o impacto profundo que a dança pode ter na vida das pessoas. Foi um momento inesquecível e emocionante para mim”, compartilhou.
Sampaio também falou sobre a importância da conexão entre professor e aluno. “A relação entre professor e aluno vai além do ensino técnico; é essencial para o desenvolvimento pessoal dos alunos. Em nossa escola, procuramos criar um ambiente familiar, onde a diversão e o respeito mútuo são prioritários, contribuindo para a formação de memórias e experiências significativas.”

Entre os desafios da profissão, ele destacou a valorização salarial e a competitividade. “A dança ainda enfrenta desafios como a falta de reconhecimento financeiro e uma competitividade tóxica. A verdadeira rivalidade deve ser saudável e servir para motivar e inspirar, não para diminuir o trabalho dos outros.”
Sobre o lado bom e o lado ruim da profissão, Sampaio afirmou: “O lado ruim é a pressão competitiva e a falta de reconhecimento financeiro. Às vezes, a cobrança excessiva pode prejudicar o prazer de dançar. Por outro lado, o lado bom é a oportunidade de criar conexões profundas e unir pessoas através da dança. É gratificante ver as memórias e experiências que construímos juntos.”
Desafios pessoais
Em relação ao tratamento de saúde que enfrenta, Sampaio revelou que a dança e o apoio das alunas foram fundamentais para sua recuperação. “Em abril, descobri que estava com câncer e precisei me afastar de várias atividades. A dança e o carinho das minhas alunas foram fundamentais para minha recuperação. Dançar, mesmo com limitações, tem sido uma fonte de força e alegria durante esse período desafiador.”

Para encerrar, Sampaio deixou uma mensagem inspiradora: “Quero encorajar todos a ver os problemas como desafios temporários e a manter a esperança. A vida é cheia de altos e baixos, e é importante focar nas coisas boas e nas pequenas vitórias diárias. A dança é uma forma poderosa de encontrar alegria e conexão, mesmo em momentos difíceis.”
O professor finalizou ainda a entrevista afirmando. “Apesar de todos os problemas que enfrentamos, é importante que, se vamos nos estressar, que seja buscando soluções e focando nas coisas boas da vida. Mesmo nos dias mais escuros, sempre há um pontinho de luz. No meu caso, esse ponto é a dança, as crianças, estar com a galera. Mas para cada um, pode ser algo diferente, como ouvir uma boa música, estar com a família ou com os filhos. O segredo é concentrar-se mais nos aspectos positivos do que nos negativos. Acredito que tudo vai ficar bem”, disse.
A entrevista com Marlon Sampaio nos oferece uma visão sobre a dança, a superação e a importância de se manter positivo diante dos desafios. Fique ligado para mais entrevistas e histórias inspiradoras na Rádio Cultura Sul.
Confira a Live da entrevista completa AQUI
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