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Casal que viveu 43 anos junto morre com diferença de menos de duas horas

Segundo um dos filhos do casal, e amor entre eles era do tipo que não aceita separações, nem temporárias.

27 de agosto de 2025 - Atualizado há 6 dias atrás
4 minutos de leitura

Por P97

Casal que viveu 43 anos junto morre com diferença de menos de duas horas

Foto: Tiago Abreu/Arquivo Pessoal

Uma história de amor que atravessou décadas chegou ao fim, ou talvez a um novo começo, em São João del Rei, no interior de Minas Gerais. Casados há 43 anos, Sebastião Francisco de Abreu, de 72 anos, e Almezinda Maria da Fonseca de Abreu, de 70, morreram com menos de duas horas de diferença.

Para os filhos, a separação física nunca foi uma opção na vida deles. “Quando o coração do meu pai parou, parece que o da minha mãe também parou junto. Parece que ele saiu dali só para buscar ela”, contou Tiago Abreu ao g1, um dos dois filhos do casal.

Sebastião enfrentava problemas de saúde há mais de um ano. Em 2024, passou por uma cirurgia após fraturar a cabeça do fêmur, um osso da coxa. A recuperação foi longa e exigiu fisioterapia constante.

Nos últimos 40 dias, ele esteve internado por conta de uma infecção urinária e, posteriormente, uma pneumonia, agravadas pela insuficiência cardíaca. Almezinda esteve ao lado dele o tempo todo, como sempre fizeram ao longo da vida.

“Ela ficou com ele todos esses dias no hospital. A gente tentava trocar, mas ela não aceitava. Ele também não queria que fosse outra pessoa. Ele dizia que ela era a médica dele”, lembra Tiago.

amor entre eles era do tipo que não aceita separações, nem temporárias. Na manhã da última quarta-feira (20), Sebastião piorou.

“Minha mãe me mandou um áudio chorando, pedindo para eu descer para o hospital, porque ele não estava bem. Quando cheguei, ela já estava mal também. Sabia o que estava por vir. Ela conhecia os procedimentos do hospital, já tinha visto outras pessoas partirem”, conta o filho.

Com muito esforço, a família convenceu Almezinda a ir até a casa de uma tia para descansar um pouco. “Ela já saiu de lá dizendo que não ia aguentar ficar sem ele. Disse com todas as letras que ia encontrá-lo. Era como se ela já soubesse que não viveria sem meu pai”.

Mais tarde, naquela mesma noite, por volta das 23h, Sebastião faleceu na Santa Casa de São João del Rei. Pouco depois, a família foi surpreendida por uma ligação: Almezinda também estava na UPA, após sofrer um ataque cardiogênico fulminante, como se tivesse o coração partido e fosse acompanhar o marido na morte.

Segundo Tiago, ela não tinha histórico de problemas de saúde e também não soube da morte do marido.

Fonte: g1

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