Alguns dos ex-BBBs com mais seguidores nas redes sociais, como Eliezer, Juliette e Rafa Kalimann, além da influenciadora Virginia Fonseca, estão replicando em postagens denúncias contra a exploração sexual de crianças e adolescentes na Ilha do Marajó, no Pará.
O assunto veio à tona quando a interpretação da cantora Aymêe para a canção “Evangelho de Fariseus” viralizou nas redes sociais. Ela escolheu essa composição sua para a participar da semifinal do programa Dom Reality, uma espécie de The Voice voltado para o gênero gospel, que ocorreu na quinta-feira passada.
A letra de “Evangelho de Fariseus” faz uma crítica às violações de direitos humanos na ilha. “Enquanto isso, no Marajó/ O João desapareceu/ Esperando os ceifeiros da grande seara/ A Amazônia queima/ Uma criança morre/ Os animais se vão/ Superaquecidos pelo ego dos irmãos”, diz a letra.
Depois que a apresentação viralizou, os influenciadores começaram a se mobilizar nas redes sociais. “Clamamos aos políticos, autoridades e órgãos públicos ações e respostas. Aymêe, sua voz ecoou”, escreveu Juliette, num story em sua conta no Instagram.
“É nosso dever, enquanto pessoas públicas, tornar esse caso ainda mais conhecido pelas pessoas. É nosso dever como cidadãos apontar o dedo e dar voz a uma causa tão absurda que pessoas em condições precárias estão passando”, afirmou Rafa Kalimann.
Eliezer, por sua vez, disse que não conseguiu nem dormir, pensando na canção. No Brasil, o pior índice de desenvolvimento humano (IDH) é atribuído a uma ilha do arquipélago do Marajó, Melgaço. A questão do abuso sexual de crianças e adolescentes é histórica no local.
Em abril de 2006, denúncias sobre esses abusos chegaram ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial na Câmara dos Deputados. Na época, o bispo emérito do Marajó, Monsenhor Dom José Luiz Azcona, constatou o abuso sexual de adolescentes na região e apresentou a denúncia às autoridades.
Ação governamentais
O Ministério dos Direitos Humanos informou, na noite desta quinta-feira (22/2), que tem adotado ações na Ilha do Marajó, no Pará, para o combate do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes.
O Ministério dos Direitos Humanos reforça que não se pode associar as imagens de vulnerabilidade social à exploração sexual de crianças e adolescentes no arquipélago.
“A realidade de exploração sexual na região sabe-se preocupante e histórica, mas não autoriza sua utilização de forma irresponsável e descontextualizada. Isso apenas serve ao estigma das populações e ao agravamento de riscos sociais”, destacou a pasta de Silvio Almeida.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, foram realizadas visitas ao território marajoara, com delegações do governo federal e das autoridades locais.
“As ações do Cidadania Marajó contam com apoio das forças de segurança federais, a exemplo da Polícia Federal [PF], da Polícia Rodoviária Federal [PRF], do Ministério da Defesa e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, no sentido de desarticular redes de exploração, abuso e violência sexual”, frisa.
O Ministério dos Direitos Humanos também destacou que fechou parceria com a Universidade Federal do Pará com investimento de R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil voltados ao Marajó, para implementação da Escola de Conselhos no Pará, que atenderá dezenas de conselheiros tutelares.
Com informações de Banda B
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