No ano de 2021, mesmo com o cenário de pandemia, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fechou em alta de 4,6%, conforme divulgou nesta sexta-feira (04/03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As transações econômicas totalizaram R$ 8,7 trilhões, sendo o melhor resultado desde 2010 e recuperação das perdas de 2020, quando a queda foi 3,9%, diante da Covid-19 e restrições impostas.
Esse resultado reflete, segundo economistas, a retomada após forte queda e era resultado já esperado pelo governo e Banco Central. Conforme o IBGE, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% em 2021, por causa da estiagem prolongada e de geadas.
No setor de serviços, todas as atividades apresentaram crescimento. Destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). O transporte de passageiros teve o retorno das pessoas às viagens, o que potencializou o índice. A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou puxada por internet e desenvolvimento de sistemas, campo com crescimento durante a pandemia.
Cresceram ainda comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%). Segundo o IBGE, na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da construção que, após cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021.
“As indústrias de transformação (4,5%), com maior peso no setor, também cresceram, influenciadas principalmente pela alta nas atividades de fabricação de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de transporte; fabricação de produtos minerais não metálicos; e indústria automotiva. As indústrias extrativas avançaram 3% devido à alta na extração de minério de ferro”, informou o IBGE. A única atividade que não cresceu foi a de eletricidade, gás, água, esgoto, gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, que indica estabilidade.
Num comparativo com outros países, levantamento disponibilizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) coloca a média mundial, com base na divulgação de 29 países, em 5,4%. Nesse comparativo Brasil aparece empatado com Áustria e Portugal, enquanto Alemanha e Japão ocupam as últimas posições e Turquia, Colômbia e China as primeiras.
Da redação com informações do IBGE e Agência Brasil e imagem Agência Brasil/José Paulo Lacerda/CNI