Autor de ataque a creche em Blumenau é condenado a 220 anos de prisão
30 de agosto de 2024
- Atualizado há 3 meses atrás
6 minutos de leitura
Por P97
O acusado de matar quatro crianças de uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, foi condenado em júri popular a 220 anos de prisão em regime inicialmente fechado. O réu não pode recorrer em liberdade.
O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (29) na cidade. O g1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Ele recebeu pena por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
O crime aconteceu em 5 de abril de 2023. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos. O homem se entregou à polícia após o ataque e está preso desde então.
A audiência ocorreu sob um esquema forte de segurança e restrições estabelecidas pelo Poder Judiciário.
Julgamento
Pouco antes do início da sessão, familiares das vítimas e funcionários da creche formaram uma roda e fizeram orações em frente ao fórum. O réu chegou ao local antes das 7h30, em um veículo da Polícia Penal catarinense.
O réu foi ouvido por volta das 12h20 e confessou os crimes no depoimento que durou aproximadamente 10 minutos.
Antes disso, as quatro testemunhas de acusação falaram:
um delegado;
um investigador;
mãe de uma das crianças feridas;
uma auxiliar de classe da creche.
O mais longo depoimento foi o do delegado Rodrigo Raitez, que escreveu o relatório da Polícia Civil. Ele falou sobre a cronologia dos fatos, e contou tudo que ouviu do réu.
Em seguida, falou a primeira testemunha de defesa, um amigo do réu.
Durante à tarde, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), responsável pela acusação apresentou a tese. Em seguida, foi a vez da defesa.
Depois, houve a réplica do MPSC e a tréplica da defesa. Por fim, os jurados votaram e a sentença foi lida pela juíza.
Restrições
Para garantir a segurança e o bom andamento da sessão, o Poder Judiciário aplicou diversas restrições. Entre elas, de que apenas familiares das vítimas e do réu terão acesso ao julgamento, sem presença de público externo.
No dia do júri, a rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, foi temporariamente fechada no início e no término do julgamento. Um forte esquema de segurança será implementado.
Quem são as vítimas
As vítimas, quatro crianças que estavam na escola, tinham idades de 4 a 7 anos:
Bernardo Cunha Machado – 5 anos
Bernardo Pabst da Cunha – 4 anos
Larissa Maia Toldo – 7 anos
Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos
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