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“Não é o que levou à renúncia. É a maneira correta de fazer as coisas. Meu pai [Anibal] me ensinou a fazer corretamente e se não for para fazer bem feito não vamos fazer. E depois que meu pai me deixou, que ele se foi [faleceu] eu pensei muito no que ele me dizia: filho gostaria muito que você assumisse os negócios da família. Mas queria de coração que você desse um tempo na política”, citou Anibeli Cordeiro.
Emocionado e lembrando a ‘promessa’ feita ao pai, que veio a encerrar sua fase terrena cinco dias depois, o vereador entregou seu pedido de renúncia do mandato na sessão desta segunda-feira (09/12). “Depois deste tempo eu não consegui mais conciliar as duas coisas, porque não pude fazer bem feito. Não podia legislar e trabalhar na empresa ao mesmo tempo, pensando no que ele me falava”, explica.
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De acordo com o, agora ex-parlamentar, ‘um sonho que estou deixando para trás’. “Eu tinha grandes pretensões de disputar um cargo para o Executivo”, confessa Anibeli Cordeiro. Levando em conta o pedido do pai e objetivo de respeitar a palavra dada, ele tomou a decisão. Sem negar, mais à frente, retornar para a política. “Deixar acontecer, não é a gente querer, mas deixar acontecer.”
“Ou você faz bem feito ou não faz”, acrescenta. Para Anibeli a política é passageira e não dá para trocar o lado certo, da continuidade dos trabalhos do pai, pelo cargo na Câmara. Ficando no Legislativo, o ‘perigo’ seria eminente de seguir na política, sabendo que não há como estar atuando no cargo de vereador e seguir cuidando dos negócios da família, sem dedicação total em nenhum.
Seguindo e honrando o compromisso com o pai Anibal, Anibeli Cordeiro protocolou o pedido de renuncia e foi à tribuna da Câmara para justificar sua saída. A partir desta terça-feira, o município de Antônio Olinto, por conta da saída do vereador deve convocar o suplente para tomar posse. Nossa reportagem não conseguiu contato para ter o prazo, para isso, e nem o nome do novo vereador confirmado.
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Da redação com fotos