Paraná

A cada hora, uma criança ou adolescente é vítima de violência sexual no Paraná

Somente em 2024, 7.890 jovens foram vítimas de crimes sexuais no estado e número de registros vem crescendo nos últimos anos

21 de maio de 2025 - Atualizado há 9 minutos atrás
3 minutos de leitura

Por P97

A cada hora, uma criança ou adolescente é vítima de violência sexual no Paraná

Foto: Ilustrativa | Reprodução

A cada uma hora e sete minutos que se passa, uma criança ou adolescente é vítima de um crime sexual no Paraná. Pelo menos assim foi no ano passado, período no qual 7.890 casos de violência sexual contra menores foram registrados no estado. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) e foram levantados com exclusividade pelo Bem Paraná. Em todo o país, a campanha do Maio Laranja busca conscientizar sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Sempre de acordo com os dados oficiais, ao longo dos últimos cinco anos (2020 a 2024) um total de 34.391 casos de violência sexual contra jovens foram registrados. Dentro desse escopo estão crimes como: estupro, violência sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente e crimes relacionados à pornografia infantil.

Na comparação de 2024 com 2023, verifica-se uma redução de 0,52% nos registros, que passaram de 7.931 ocorrências num ano para 7.890 no outro. Por outro lado, se o comparativo for com 2020, nota-se um aumento expressivo, de 46,2%, nas ocorrências, que passaram de 5.396 para 7.890. Se for observar pelo lado positivo, isso pode ser um indicativo de que esse tipo de violência está sendo mais denunciado, reprimido.

Entre os municípios paranaenses, Curitiba é quem teve o maior número de casos em 2024, com 771. Na sequência aparecem Londrina (312), Ponta Grossa (298), Cascavel (213) e Colombo (203).

Como prevenir a violência contra crianças

A atenção, o diálogo e a denúncia são formas de proteção a meninos e meninas, destaca a Polícia Civil do Paraná (PCPR). A violência, por sua vez, pode se manifestar de maneiras diversas, sendo física, emocional, sexual ou por negligência. Muitas vezes, os sinais passam despercebidos até por quem convive diariamente com a vítima.

Segundo o delegado Rodrigo Rederde, pais, professores e profissionais da saúde devem observar com atenção mudanças no comportamento. Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medo sem motivo aparente, retorno a comportamentos infantis (como urinar na cama) ou até mesmo um interesse precoce por temas ligados à sexualidade podem indicar que algo está errado.

No caso de adolescentes, o ambiente virtual também requer atenção redobrada. Jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para praticar violência psicológica ou sexual. “É essencial que os pais conheçam e acompanhem o uso dessas plataformas”, orienta o delegado.

Ao suspeitar de qualquer forma de violência, o primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer delegacia. Além disso, a denúncia pode ser feita anonimamente pelo 181, do Disque-Denúncia, ou pelo 197, da PCPR, garantindo o sigilo e a segurança do denunciante.

Fonte: Bem Paraná

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