Na tarde de sábado, 16 de agosto de 2025, um caso de extrema crueldade animal provocou indignação em Bananal, município do interior de São Paulo. Um cavalo foi forçado a percorrer 15 km, caiu por exaustão e morreu logo em seguida. Após a morte, o tutor do animal, identificado como Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, mutilou o corpo: amputou duas patas e desferiu golpes de facão no abdômen. Segundo ele, a justificativa foi facilitar o lançamento do cadáver ribanceira abaixo, já que se tratava de área de difícil acesso.
Investigação e enquadramento legal
A Polícia Militar tomou ciência do caso por meio de denúncia e encaminhou as diligências ao Distrito Policial de Bananal. Andrey foi ouvido e, depois, liberado. O crime foi formalmente qualificado como maus-tratos com resultado de morte.
A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o caso. Além de Andrey, uma testemunha também foi ouvida e liberada. Até agora, ninguém foi preso.
Punições previstas na lei
A conduta enquadra-se no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê detenção de 3 meses a 1 ano, além de multa para quem pratica maus-tratos, ferimentos ou mutilações em animais. Como o caso resultou na morte do animal, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço.
Além da esfera criminal, podem ocorrer sanções administrativas, como multa adicional, apreensão de outros animais, suspensão de atividades e restrições de direitos, dependendo da gravidade e circunstância dos fatos.
Repercussão e mobilização pública
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais. A ativista Luisa Mell publicou:
“Monstros! Como pode gente? Pelo amor de Deus! Exigimos punição!”
A cantora sertaneja Ana Castela comentou o episódio como uma “covardia” e convocou mobilização popular para pressionar as autoridades.
Diversas outras personalidades, como o cantor Luan Pereira e o ator Guito Show, também se manifestaram, reforçando o repúdio coletivo ao ocorrido.
Reação oficial do poder público
A Prefeitura de Bananal afirmou que, tão logo soube do caso, encaminhou a situação à Delegacia de Polícia e à Polícia Ambiental, e “repudia qualquer ato de crueldade contra os animais”, reafirmando o compromisso com o bem-estar animal.
A Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma) emitiu nota de repúdio, exigindo rigor na investigação e punição com base na legislação. A entidade também notificou o Ministério Público de São Paulo.
Este caso chocante ressalta a urgência de ações rigorosas para coibir a violência contra animais e assegurar que responsáveis sejam responsabilizados na forma da lei.