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Aviões da FAB para ministros só têm combustível até dia 3 de agosto

23 de julho de 2025 - Atualizado mês passado
3 minutos de leitura

Por P97

Aviões da FAB para ministros só têm combustível até dia 3 de agosto

Foto: Reprodução

A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta uma situação crítica que pode comprometer voos oficiais, humanitários e operacionais a partir de agosto. Segundo informações confirmadas pelo Comando da Aeronáutica, o combustível das aeronaves que realizam transporte de autoridades e missões especiais está garantido apenas até o dia 3 de agosto.

A crise ocorre devido ao corte de R$ 812,2 milhões no orçamento da FAB, como parte de um contingenciamento mais amplo de R$ 2,6 bilhões imposto ao Ministério da Defesa em maio. O impacto atinge diretamente áreas como operação, logística, manutenção e administração.

Do orçamento total da Aeronáutica para 2025, que é de R$ 29,4 bilhões, cerca de R$ 23,7 bilhões estão destinados ao pagamento de pessoal. Apenas R$ 2,2 bilhões foram reservados para custeio – incluindo a compra de combustível –, e R$ 1,6 bilhão para investimentos. Com isso, o setor operacional está sendo duramente afetado.

Impacto nos serviços essenciais

A escassez de combustível compromete não apenas o transporte de autoridades dos Três Poderes, mas também operações de extrema importância, como o transporte aéreo de órgãos para transplantes, uma das funções humanitárias desempenhadas pela FAB.

Em paralelo à crise, o governo federal autorizou a construção de duas salas VIP da FAB em Belém (PA), voltadas ao atendimento de autoridades durante a Conferência do Clima (COP 30), prevista para novembro. A decisão tem sido alvo de críticas por ocorrer em meio ao risco de paralisação das operações por falta de combustível.

Aeronaves em solo por falta de manutenção

Além do combustível, a manutenção das aeronaves também tem sido comprometida. Atualmente, das dez aeronaves utilizadas para o transporte de ministros e chefes dos poderes, apenas três estariam em operação regular. As demais permanecem em solo por falta de peças ou manutenção, aumentando ainda mais a sobrecarga e o risco para a continuidade dos serviços.

Expectativa por solução

A FAB segue aguardando uma resposta da equipe econômica do governo federal e do Ministério da Defesa para a liberação de novos recursos. Caso o contingenciamento não seja revertido, o transporte aéreo oficial do país corre sério risco de paralisação já nos primeiros dias de agosto.

A situação é tratada com preocupação por setores da saúde, segurança e logística, que dependem diretamente do apoio aéreo da Força Aérea Brasileira para missões urgentes em todo o território nacional. O alerta está dado: sem combustível, a FAB pode parar.

Fonte: Metrópole 

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