Testemunhas relataram à Polícia Civil que Larissa descobriu uma traição ao encontrar objetos sexuais no carro dele. O médico se relacionava há um ano e meio com uma estudante de 26 anos. A professora teria pedido o divórcio, mas ele não concordou.
Sogra de professora envenenada ‘estava procurando chumbinho’, revela polícia
Ao deixar a casa da amante na manhã de 22 de março, Luiz Antônio Garnica encontrou a esposa caída no banheiro do apartamento onde moravam. A guarda civil metropolitana acionada por volta das 10h40.
O médico tentou reanimá-la até a chegada da equipe do Samu, que constatou o óbito. Conforme o Cidade Alerta, os socorristas notaram a rigidez do corpo e o cheio forte de limpeza no apartamento.
O laudo do IML (Instituto Médico Legal), realizado às 17h45 do mesmo dia, revelou que a professora envenenada com chumbinho estava morta havia 12 horas do início do exame.
“A participação dele ficou bem evidente para nós pela forma que ele encontrou a Larissa. Ela já estava com rigidez cadavérica e ele tentava limpar o apartamento como se fosse tentar desfazer as provas para a perícia técnica não detectar uma prova contra ele”, ressalta o delegado Fernando Bravo.

Foto: Reprodução Cidade Alerta
A sogra Elizabete Arrabaça foi a última pessoa a ver Larissa com vida, na noite anterior à morte. Ela afirmou que a nora estava indisposta e sentiu dor de barriga.
Segundo a investigação, a sogra teria ligado para uma amiga pedindo ajuda para encontrar chumbinho. Elizabete ainda preparou sopas para a nora ao longo da semana, o que indica que o envenenamento foi gradual. Com diarreia e vômitos, Larissa contou aos amigos que foi medicada pelo marido.
“Ontem nós conseguimos encontrar uma testemunha que relatou que a sogra estava procurando o chumbinho para comprar, aproximadamente 15 dias antes da morte, então isso nos trouxe uma segurança que ela juntamente com o filho mataram a Larissa”, afirma o delegado responsável pela investigação.
A amante de Luiz Antônio Garnica não foi presa, mas é investigada pela Polícia Civil. A suspeita é de que o encontro dos dois no cinema seria um álibi para a noite do crime. Quando o celular dela foi apreendido na semana passada, a jovem estava no apartamento da professora envenenada, o que intrigou os investigadores.
Ao ND Mais, o advogado Júlio Mossin, que representa o médico, afirmou que não dará entrevista por ora porque não teve acesso aos autos. “Mas adianto que o Luiz não matou a esposa e nem concorreu para tanto, sendo sua prisão ilegal”, ressaltou.
A reportagem também tentou contato com a defesa de Elizabete Arrabaça, mas não obteve resposta até a última atualização. O espaço segue aberto.
Fonte: NDMais