Os brasileiros que possuem dinheiro para sacar do SVR (Sistema de Valores a Receber) do BC (Banco Central) devem retirar os valores até esta quarta-feira (16). De acordo com o último levantamento realizado pela instituição, R$ 8,6 bilhões ainda podem ser sacados.
A consulta para saber se você tem dinheiro esquecido é feita no site do SVR, clicando aqui. Os novos dados do Banco Central, de agosto, mostram que já foram sacados mais de R$ 8 bilhões, mas novos valores entraram na conta e estão disponíveis. Quem não fizer a retirada até esta quarta poderá ficar sem os valores, que serão destinados ao Tesouro Nacional.
Haverá um prazo de 30 dias para contestar essa transferência, mas ainda não há detalhes sobre como será feita a nova devolução. Esse prazo de contestação passará a ser valer na data de publicação de um edital detalhando onde está o valor esquecido, o número da conta, a agência e a natureza do recurso.
Também há a possibilidade de os indivíduos pedirem a devolução dos valores na Justiça. Nesses casos, a lei estabelece o prazo de seis meses, também contados a partir da publicação do edital do governo.
O último levantamento indica que cerca de 42 milhões de pessoas físicas ainda têm depósitos a serem retirados com um montante de 6,6 bilhões. As pessoas jurídicas somam 3,6 milhões e podem retirar um total de quase R$ 2 bilhões.
A maior parte do dinheiro a ser retirado segue sendo de quantias entre até R$ 10, com 33 milhões de depósitos
Como fazer o resgate?
Para sacar os valores pelo SVR é necessário ter uma chave Pix pré-cadastrada. O usuário também pode solicitar a devolução diretamente na instituição financeira, o que pode fazer com que leve mais tempo para ter acesso ao dinheiro.
O BC diz que para o resgate de valores acima de R$ 100 é necessário fazer login no SVR utilizando o segundo fator de autenticação, que é um código gerado no aplicativo Gov.br e informado no momento que o usuário vai entrar no Sistema de Valores a Receber.
Se o login já foi feito com o segundo fator, o usuário poderá selecionar sua chave Pix e solicitar o resgate normalmente.
Para aqueles que ainda não têm o segundo fator de autenticação ativado no momento do login, é necessário seguir o seguinte caminho:
- Acesse o aplicativo Gov.br
- Vá em “Segurança da conta”
- Habilite a “verificação em duas etapas”
- Depois disso, vá até o site do SVR e faça o resgate normalmente
Como consultar os valores esquecidos?
- Clique em “Consulte valores a receber”
- Escolha o tipo de documento (se é CPF para pessoas físicas ou CNPJ para empresas)
- Informe data de nascimento ou abertura da empresa; transcreva os caracteres e clique em “Consultar”
- Caso haja valores a receber, clique em “Acessar o SVR”
- Faça login com a sua conta Gov.br; é preciso ser nível prata ou ouro para acessar
- Acesse “Meus Valores a Receber”
- Leia e aceite o Termo de Ciência
- Ao solicitar o valor, o sistema vai informar as orientações para fazer a transferência
Como consultar valores de pessoas falecidas?
Para consultar os valores de uma pessoa falecida, é necessário que um herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal faça a consulta e preencha um termo de responsabilidade.
Após esse processo, é preciso entrar em contato com as instituições que possuem os valores e verificar como prosseguir para receber o dinheiro.
Os passos para a consulta são parecidos, e é preciso ir ao site do BC. Também é necessário entrar com a conta Gov.br do herdeiro ou sucessor. Dentro do SVR, quando acessar “Meus Valores a Receber”, aparecerá o campo “Valores para pessoas falecidas”. Clique em “Acessar” e informe o CPF e a data de nascimento da pessoa que morreu.
CNPJ inativo pode consultar valores esquecidos?
O representante legal da empresa fechada pode entrar no sistema com a conta pessoal Gov.br, que tenha nível de segurança prata ou ouro, e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores.
No SVR, será informado em qual instituição está o dinheiro da empresa que tem o CNPJ inativo, os dados de contato, a faixa e a origem do valor. Não é possível solicitar o dinheiro de forma direta pelo sistema do Banco Central.
Após encontrar a instituição, o representante legal deve combinar a forma de apresentar a documentação necessária para comprovar sua identidade e seu direito aos valores.
Fonte: FolhaPress