Cidadania

Seleção feminina vai disputar a Copa do Mundo com um combustível extra: cartas de alunos paranaenses

20 de julho de 2023 - Atualizado há 5 meses atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

Seleção feminina vai disputar a Copa do Mundo com um combustível extra: cartas de alunos paranaenses

Na era da tecnologia, o carinho e a admiração de alunos do Colégio Estadual Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Alto, em Curitiba, voaram 14 mil quilômetros em cartas escritas à mão para as jogadoras do Brasil que vão disputar a Copa do Mundo Feminina da Austrália e Nova Zelândia. As missivas fazem parte de uma rotina até então natural na escola em tempos de Copa do Mundo Masculina, mas pela primeira vez alcançam as mulheres, que vão carregar um pouco do calor dessa torcida entusiasmada já na estreia contra o Panamá, na próxima segunda-feira, 24 de julho.

A ação dos alunos acontece no colégio desde a Copa do Mundo de 2006, a primeira depois do penta, mas desta vez a homenagem empurra o time feminino em busca do primeiro título. O trabalho feito em sala de aula envolveu boa parte dos 430 alunos do ensino fundamental e ensino médio, matriculados na educação integral da instituição.

“As jogadoras da Seleção Brasileira representam todas as mulheres do País, que podem estar onde quiserem e sabem disso. Os nossos alunos, meninos e meninas, crescem com esse pensamento. Além disso, esse projeto envolve toda a escola e agrega a equipe inteira, tornando essa época muito significativa”, afirma a diretora da escola, Yasodara Collyer de Magalhães Hayashi.

A idealizadora do projeto, professora Edna da Silva, afirma se sentir realizada ao constatar, na prática, o reconhecimento da iniciativa, principalmente diante de um time que luta fora dos gramados por reconhecimento e igualdade. “Significa muito para mim porque sempre gostei de jogar futebol na infância, mas não podia porque diziam que não era um esporte para meninas. E hoje em dia vemos um Campeonato Brasileiro Feminino ganhando força e atletas de destaque mundial, inspirando as novas gerações”, completa.

“As atletas da Seleção e nós, professores, temos muito em comum. De alguma maneira, contribuímos para mudar o mundo. E ver que as estrelas do time do Brasil receberam e leram as cartinhas e saber que se emocionaram com o que os alunos escreveram demonstra que o trabalho valeu a pena”, acrescenta.

Portal 97 com informações AEN e fotos de Graciely Martins/ AEN

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