Quando esteve no mandato na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Emerson Bacil com suas origens na Meia Lua – interior de São João do Triunfo (município maior produtor de fumo do Estado e 2º do Brasil) defendeu os fumicultores. Levando demandas do meio rural e intervindo em favor dos produtores de tabaco. Dentre as reivindicações, estava estabelecer o preço de compra na propriedade e não mais nas empresas.
Nessa semana, o Rio Grande do Sul aprovou um projeto justamente com esse fim. “Após sete anos de mobilização para vencer resistências e aprovação em três comissões da Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei 204/2015, de autoria do deputado Zé Nunes (PT) que transfere o local de classificação do tabaco da indústria para a propriedade do agricultor foi aprovado pelos deputados em Plenário”, informou o parlamento gaúcho.
“A lei garantirá uma relação mais justa para o fumicultor, dando maior segurança, respeito, proteção e amparo a quem produz. Era inadmissível que essa situação prosseguisse da maneira como estava,” argumentou o relator da proposição na Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo, deputado Elton Weber. Segundo esse entendimento a compra e venda, terá mais transparência entre empresa e fumicultor.
Emerson Bacil defendeu, quando deputado, a elaboração de um projeto de lei que unificasse a defesa do setor no Paraná, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Entre 2019 e 2021, o deputado teve audiências com diversos parlamentares gaúchos e catarinenses na tentativa de encaminhar essa tratativa, bem como, apresentou na Alep uma proposição para definir o preço e classe do fumo na propriedade.
“Fico feliz pelos fumicultores gaúchos terem essa representatividade. No caso do Paraná, a minha saída do mandato coincide com o assunto ser esquecido no Estado, pois nenhum outro deputado sequer citou os fumicultores de lá para cá. Mas espero que esse cenário mude, não por mim e sim pela defesa da dignidade do trabalhador rural que planta fumo para sustentar sua família e sem outras opções sustentáveis”, opina Bacil.
Da redação do Portal Cultura Sul