A pílula antirressaca, como popularmente ficou conhecida, começou a ser comercializada em julho desse ano no Reino Unido. Em dois meses desde seu lançamento oficial, a pílula (Myrkl) reúne uma lista de 18 países onde já se vende o produto, como França, Alemanha, Austrália e Nova Zelândia. Em breve o Brasil fará parte dessa lista.
A expectativa é de que o suplemento chegue ao país em novembro deste ano. Porém, mesmo que não tenha uma data de lançamento definida, o suplemento promete ser uma alternativa de solução para o mal-estar do dia seguinte causado pela ingestão de bebidas alcoólicas.
A caixa do suplemento contém 30 unidades e custa, no Reino Unido, £30 libras, cujo valor equivale, de acordo com a cotação de hoje (12), cerca de R$180 reais sem frete.
De acordo com a empresa farmacêutica De Faire Medical, fabricante da pípula antirressaca, Myrkl funciona por até 12h se ingerida 2h antes o primeiro copo de bebida alcoólica.
Segundo o fabricante, a pílula é um probiótico natural, baseada em uma mistura de bactérias Bacillus Coagulans e Bacillus Subtilis enriquecidas com um aminoácido chamado L-cisteína e vitamina B12. Dessa forma, a pílula acelera a degradação do álcool antes de chegar ao fígado.
Estudo e pesquisa
A pílula foi testada em um estudo, publicado na revista científica Nutrition and Metabolic Insights, em junho, que acompanhou 24 participantes. Eles tomaram dois comprimidos entre uma e 12 horas antes de ingerir duas doses de destilado. Em comparação com outro grupo, que não recebeu o suplemento, foi percebida uma redução de 70% do álcool no sangue uma hora após as bebidas.
Contudo, os especialistas alertam que os resultados foram obtidos por meio de baixas doses de álcool e, por isso, consideram o estudo com pouca diversidade. Os estudiosos também apontam para o risco que o suplemento pode causar na sociedade, já que sua comercialização pode incentivar o aumento do consumo de bebidas alcoólicas sob a justificativa de que a pílula é “milagrosa”.
Como a pílula funciona?
Segundo a fabricante, a Myrkl promete quebrar o álcool no intestino antes que ele chegue ao fígado, minimizando, assim, a metabolização da substância e a quantidade dela na corrente sanguínea. Além disso, a pílula diminui os efeitos fisiológicos causados pelo álcool no cérebro, então, seu uso não é indicado àqueles que desejam beber em busca das sensações provocadas pelo álcool.
Pelo fato da pílula não ter sido aprovada pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (Mhra), do Reino Unido, a Myrkl não é considerado um remédio, mas um suplemento alimentar.
Redação Cultura Sul FM.
