Desde 2015, o mês de setembro é protagonista da campanha nacional de prevenção contra o suicídio. Isso porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é considerado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), suicídio é entendido como um ato intencional e consciente, executado pela pessoa, com a intenção de tirar a vida. A ABP abrange, nessa definição, o alerta para os comportamentos suicidas, como os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.
Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que, aproximadamente, 3 mil pessoas por dia decidem interromper sua vida no mundo, ou seja, a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio.
O cenário brasileiro indica que, em média, 32 pessoas se suicidam por dia e, historicamente, o índice de suicídio aumentou 43,8% entre 1980 e 2005, conforme o Mapa da Violência de 2014.
Fatores de risco
Quando se registra um caso de suicídio, é difícil apontar uma causa específica, já que, normalmente, diversos fatores de risco estão envolvidos, como: transtornos mentais (ansiedade, depressão, esquizofrenia e outros); aspectos sociodemográficos (desemprego, isolamento social, pobreza, idade, etc); psicológicos (perdas recentes, datas importantes, problemas familiares, personalidade com traços impulsivos ou com alteração de humor); e condições de saúde (câncer, paralisias, lesões incapacitantes ou desfigurantes).
A campanha conhecida como Setembro Amarelo, portanto, objetiva o combate ao suicídio ao mesmo tempo que busca promover a prevenção dele.
Para isso, é necessário desconstruir tabus estabelecidos na sociedade, como a ideia “quem fala, não faz”. A ideação suicida (falar ou desejar morrer) deve servir de alerta, assim como outras frases, entre elas: “as pessoas vão ficar melhores sem mim”, “eu sou um fardo”, “quero sumir”; e tantas outras falas que indicam (ou podem indicar) uma ideação de morte.
O que não fazer?
Dessa forma, o Portal Cultura Sul FM preparou uma lista, baseada na cartilha da Prefeitura de Encantado, do que NÃO fazer ao se deparar com falas de ideação suicida, confira:
- Ignorar o que foi dito;
- Ficar espantado ou envergonhado e em pânico;
- Falar que tudo vai ficar bem, sem agir para que isso aconteça;
- Desafiar a pessoa do que ela pode fazer;
- Desvalorizar ou diminuir o problema trazido pela pessoa;
- Dar falsas garantias de recuperação;
- Deixar a pessoa sozinha;
- Dizer que é falta de crença religiosa ou de gratidão;
- Fazer comparações com outras pessoas ou consigo, por exemplo “fulano está pior do que você e não se matou” ou “eu passei por pior e estou inteiro”.
Nas próximas semanas, o Portal Cultura Sul FM trará discussões acerca desse tema importantíssimo da saúde pública para a sociedade em geral, fique atento!
Redação Cultura Sul FM.