Saúde

Anvisa sugere máscara e isolamento para adiar chegada de varíola dos macacos no Brasil

24 de maio de 2022 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
3 minutos de leitura

Por Redação 97

Anvisa sugere máscara e isolamento para adiar chegada de varíola dos macacos no Brasil

Além de febre, dores na cabeça e no corpo, lesões na pele são um dos sintomas mais característicos da varíola dos macacos / Imagens: OMS/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países. O Ministério da Saúde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil.

Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. “Acho muito difícil que (a doença) não chegue aqui”, afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez “Mas se trata de uma doença considerada benigna.” Além disso, existem tratamento e vacinas.

Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin. “Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas.”

“É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual”, disse Urbaez. “O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real “.

Contagio

A varíola dos macacos, ou ortopoxvirosis simia, como o vírus é chamado, é uma doença rara cujo patógeno é transmitido principalmente do animal para o homem, de forma esporádica e apenas em regiões do continente africano. Embora antes do surto fosse considerada ainda mais difícil de ocorrer, a OMS explica que a transmissão entre humanos também sempre foi possível e se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias.

Sintomas

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola. Febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas, embora casos graves já tenham sido relatados.

Não existem tratamentos específicos ou vacinas contra a varíola dos macacos, mas a OMS ressalta que a vacina para a varíola tradicional, que foi erradicada com a campanha de imunização em 1980, é até 85% eficaz para prevenir casos da versão que se espalha hoje. 

Da redação com informações da Anvisa e OMS

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