Nesta segunda-feira (04/04), depois de imagens da cidade de Bucha, na região da Capital Kyiv, terem circulado o mundo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitou o local do suposto massacre praticado por forças da Rússia. As tropas russas deixaram para trás corpos de civis com marcas de violência e se retiraram do local. O mandatário falou para a televisão nacional cercado de militares e mencionou as atrocidades cometidas.
Para Zelensky, considerando os atos como genocídio, isso torna mais difícil para a Ucrânia negociar com a Rússia. O presidente atribuiu aos soldados russos as supostas atrocidades cometidas em Bucha. Somados de diversos outros crimes de violência, como estupros frente às mulheres ucranianas. Da cidade, ele falou na televisão nacional e fez duras críticas aos invasores que bateram em retirada rumo ao leste.
Em Bucha, corpos amarrados e com tiros à queima-roupa, estava numa vala comum. Além de outros sinais de execuções, depois que tropas russas deixaram a região. O governo da Rússia (Kremlin) nega quaisquer acusações relacionadas ao assassinato de civis. “Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, disse Zelensky, usando colete à prova de balas e com forças de segurança no seu entorno.
“É muito difícil falar quando se vê o que eles fizeram aqui”, disse diretamente de Bucha. “Quanto mais tempo a Federação Russa demorar para o processo de uma reunião, pior será para eles e para esta situação e para esta guerra”, afirmou. “Sabemos de milhares de pessoas mortas e torturadas, com membros cortados, mulheres estupradas e crianças assassinadas”, frisou o presidente Zelensky pela televisão nacional.
A Rússia nega ter como alvo os civis desde que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que chama de “operação militar especial.” O objetivo, segundo o Kremlin, seria desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia. Essa destruição e morte de civis em Bucha podem levar os Estados Unidos e a Europa a impor novas sanções adicionais contra Moscou, com autoridades levantando a perspectiva de restrições às exportações de energia.
Da redação com informações e imagem da Agência Brasil, via agência Reute