Mãe e padrasto são presos por torturar menino de seis anos em Canoas
19 de agosto de 2021
- Atualizado há 5 meses atrás
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Por Redação 97
Vítima revelou ter tido as mãos queimadas no fogão e ter permanecido por longas horas presa na cama. Foto: Divulgação da Polícia Civil
Uma investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente de Canoas, no Rio Grande do Sul, prendeu uma mãe e o seu companheiro por suspeita de tortura e agressões contra o filho da mulher, um menino de apenas seis anos. Segundo a Polícia Civil, a alegação para o crime seria o suposto mau comportamento do garoto, que estaria atrapalhando o relacionamento entre os dois.
Uma denúncia ao Conselho Tutelar levou a polícia a investigar o caso. Os agentes obtiveram o que consideram provas da tortura, como fotografias da criança amarrada à cama. Também ouviram o depoimento da própria vítima, que revela ter tido as mãos queimadas no fogão e ter permanecido por longas horas presa na cama, sem sequer poder ir ao banheiro.
Na manhã de quarta-feira (18), foram localizadas e apreendidas roupas da vítima, remédios supostamente usados para dopar o menino e também os tecidos que amarravam a criança à cama. A mulher, de 28 anos, foi presa em casa, em Canoas, enquanto o namorado dela, de 24 anos, foi preso em Campo Bom, no Vale dos Sinos.
Em depoimento, os dois apresentaram versões opostas para os fatos. Por isso, segundo a polícia, serão novamente ouvidos para esclarecimento dos fatos.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas, delegado Mario Souza, afirma que “foi evitada uma possível tragédia”. “A criança corria risco de morte. As pessoas devem denunciar para que outras crianças sejam retiradas de situações terríveis como essa. É algo terrível — disse Souza.
A mulher e o menino moravam na casa onde o crime ocorreu havia seis meses, enquanto há três ela namorava com o homem. A polícia acredita que há pelo menos três meses o garoto vinha sendo submetido a torturas. Em troca de mensagens com o namorado, a mulher chegou a planejar uma forma de abandonar a criança. “Vou levar ele no hospital e dizer que está mal, com diarreia e vômito. Aí ele vai ficar para fazer soro, vou dizer que vou na rua comprar algo para comer e vou abandonar ele lá”, escreveu.
Após a investigação, o menino foi retirado da convivência dos presos e enviado para a casa de familiares. Os nomes dos presos não estão sendo divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar a identidade da vítima.
Da redação Cultura Sul com informações da Gauchazh
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