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Crianças a partir de seis meses devem ser vacinadas contra o sarampo

22 de agosto de 2019 - Atualizado há 5 meses atrás
6 minutos de leitura

Por Redação 97

Crianças a partir de seis meses devem ser vacinadas contra o sarampo

A nova instrução do Ministério da Saúde indica que crianças entre seis e onze meses de idade devem receber a dose zero da vacina contra o sarampo. Além desta dose, as crianças receberão mais duas – uma aos doze meses e outra com 15 meses de vida. Entre uma dose e outra da vacina é sempre necessário o intervalo de um mês. A vacina estará disponível para este grupo a partir desta quinta-feira (22). O esquema vacinal anterior previa a imunização a partir dos 12 meses.

De acordo com o ministério, a inclusão deste grupo para vacinação se deu porque se trata de uma população vulnerável e com riscos de complicações sérias por conta doença, como otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas. Em casos mais graves podem provocar a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça que o sarampo é uma doença evitável com a vacina. “Já tivemos uma época em que muitos sofriam as consequências do sarampo e até morriam, mas hoje contamos com a vacina, que é altamente eficaz e evita a transmissão da doença. Por isso a prevenção é fundamental”, destacou. “Nós, da área da saúde, estamos preparados para atender toda a população indicada para receber as doses em todo o Estado”.

No Paraná, dois casos da doença foram confirmados e estão sendo monitorados pela secretaria. Um deles é de uma moradora de Campina Grande do Sul e o segundo, de um homem de 54 anos, foi confirmado na terça-feira (20) em Curitiba. Ambos passaram por São Paulo.

CASOS SUSPEITOS – Nos últimos 90 dias, os estados notificaram mais de 10 mil casos suspeitos de sarampo ao Ministério da Saúde. Destes, os exames laboratoriais confirmaram casos distribuídos em 11 estados do país e mais de 7 mil ainda estão em investigação para verificar se é ou não sarampo.

No Paraná, além dos dois casos confirmados, a secretaria estadual da Saúde tem registros de mais 16 casos até esta quarta-feira (21). Todas estas pessoas estão em monitoramento e investigação para confirmar ou descartar a doença. As ações de bloqueio vacinal seletivo também foram realizadas.

Em todas as notificações de casos suspeitos no Paraná, as pessoas foram contaminadas em viagens pelo estado de São Paulo. “Temos casos de pessoas que apenas passaram no aeroporto em São Paulo, outras que estiveram na capital para compras e também situações de viagens para o interior paulista. Como o sarampo é altamente contagioso, a transmissão pode ocorrer estando próximo de alguém contaminado, e se a pessoa não estiver vacinada o risco de ficar doente é altíssimo”, explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Nasr.

Os municípios que têm casos notificados no Paraná são: Campina Grande do Sul, Cascavel, Curitiba, Jacarezinho, Maringá, Rolândia, São Jorge D’Oeste, São José dos Pinhais e Sulina. Em Ponta Grossa e Foz do Iguaçu também acontece o bloqueio vacinal seletivo porque pessoas com suspeita ou confirmação da doença circularam nestas cidades.

VACINAÇÃO – A vacina contra o sarampo é gratuita e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Agora, a dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses. A dose número 1 aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), e a dose 2 aos 15 meses com a vacina tetra viral (que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora).

A população com até 29 anos deve receber duas doses da vacina. Para as que estão no grupo com idade entre 30 e 49 anos basta ter o registro de uma dose para serem consideradas vacinadas. Acima dos 50 anos, a vacina é indicada apenas nos casos de bloqueio vacinal, após a exposição a casos de suspeita da doença ou confirmados.

Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina. Profissionais da área da saúde devem ser imunizados, independente da idade.

DOAÇÃO DE SANGUE – Neste período de inverno as doações de sangue reduzem substancialmente. O Hemepar orienta que é preciso primeiro fazer a doação para depois tomar a vacina contra o sarampo. Pessoas que foram vacinadas devem aguardar 30 dias para que estejam liberadas para a doação de sangue.

LOCAIS – No Paraná, todas as Unidades de Saúde Básica têm a vacina contra o sarampo. Para receber a dose basta levar um documento com foto e a carteira de vacinação, caso tenha.

Confira Calendário Nacional de Vacinação.

Matéria: AEN

Foto: AEN
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