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Polícia liberta adolescentes que eram reféns de padrasto há quase 30 horas, em Cafelândia

3 de dezembro de 2019 - Atualizado há 4 meses atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

Polícia liberta adolescentes que eram reféns de padrasto há quase 30 horas, em Cafelândia

Dois adolescentes que eram feitos reféns há quase 30 horas foram libertados pela polícia por volta das 18h30 desta terça-feira (3), em Cafelândia, no oeste do Paraná. Ninguém se feriu.

Segundo a Polícia Militar (PM), o padastro não explicou o motivo do cárcere privado. Nas tentativas de negociações da polícia, ele disse que não queria nada em troca e que não iria se render. A maior parte da negociação aconteceu pela janela da casa.

De acordo com as irmãs do homem, ele tem 39 anos e é padrasto do menino, de 12, e da garota, de 14. Ele tem uma filha de dez anos com a mãe dos adolescentes e convive na casa com eles há cerca de dez anos.

Reprodução (Parana Portal Uol)

A criança e a mulher não estavam na casa. O pai da adolescente mora em Goioerê, no centro-oeste do estado, e estava no local acompanhando as negociações.

As ruas ao redor da casa foram isoladas pela polícia, e mais de 40 polícias foram chamados para reforçar a segurança e dar apoio a operação.

O suspeito estava desde o começo da tarde de segunda-feira com uma faca, conforme a Polícia Militar (PM). Ele amarrou os adolescentes, e as negociações começaram por volta das 15h.

Um grupo de quatro negociadores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), de Curitiba, auxiliaram na libertação dos adolescentes.

A mãe dos adolescentes tinha dormido na casa dos patrões, onde trabalha como diarista. O tio dos adolescentes sentiu a falta do menino, de 12 anos, que ajuda na chapeação da família.

Ao chegarem na casa, o padastro disse que não deixaria os enteados saírem. Enquanto estavam dentro da casa, eles não tinham acesso ao celular, nem a televisão.

A maior parte da negociação aconteceu pela janela da casa

Problemas com drogas

A irmã do suspeito contou que ele teve problemas com o uso de álcool e drogas, mas que passou por um tratamento em 2018. De acordo com ela, o homem tem um bom relacionamento com os enteados.

A assistência social de Cafelândia informou que ele ficou 45 dias internado em Londrina, na região norte do Paraná, e depois foi para uma chácara de recuperação em Campo Mourão, também no centro-oeste.

Ao todo, o tratamento durou nove meses, e ele saiu em janeiro deste ano. Desde então, são feitos acompanhamentos mensais. Foi informado que o homem estava bem e que não havia alterações no quadro dele. Segundo a família, ele trabalhava em uma empresa de construção civil, em Cafelândia.

Reprodução – G1 Parana

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