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O que mais mata as pessoas ao redor do mundo?

7 de março de 2019 - Atualizado há 4 meses atrás
8 minutos de leitura

Por Redação 97

O que mais mata as pessoas ao redor do mundo?

A expectativa de vida média global ao nascer era de apenas 46 anos nos anos 50. Em 2015, essa média cresceu para mais de 71.

Durante toda a história doenças, epidemias, guerras e eventos inesperados mataram em grande escala, deixando-nos sempre cientes da nossa finitude e lembrando-nos que não há nada que assegure uma vida longeva.

expectativa de vida ao nascer por regiao

Causas de mortes ao redor do mundo

Em 2017, cerca de 56 milhões de pessoas partiram deste mundo. Isso representa 10 milhões a mais do que em 1990, à medida que a população mundial aumentou e as pessoas vivem mais, segundo as estatísticas.

principais causas de morte

Mais da metade delas foram vítimas de doenças crônicas não transmissíveis e que progridem lentamente.

A grande “vilã” é a doença cardiovascular, que afeta o coração e as artérias, sendo causadora de um terço das mortes.

A segunda causa principal é o câncer, que responde por quase 1 em cada 6 mortes no mundo.

Outras doenças como diabetes, demências, algumas doenças respiratórias e infecciosas, também estão no topo da lista.

Mortes evitáveis

O mais curioso e chocante é o número de pessoas que ainda morrem de causas evitáveis.

Em 2017, o número de vítimas de doenças diarreicas chegou a cerca de 1,6 milhão, estando esta no índice das 10 principais causas de óbito.

As mortes neonatais – de um bebê nos primeiros 28 dias – atingiram 1,8 milhão de recém-nascidos nesse mesmo ano.

Há uma grande variância nos registros destas mortes em cada país. No Japão, menos de 1 em 1.000 bebês morre no período neonatal, já em países com índices de extrema pobreza, as taxas são de quase 1 em cada 20.

morte de menores de cinco anos por região

O que o tipo de morte diz sobre nós

A conjuntura politico-social-econômica pode trazer mudanças com relação ao quadro de causas de morte em um país. No passado, as doenças infecciosas amedrontavam mais do que hoje em dia. Em 1990, 1 em cada 3 mortes resultou de doenças contagiosas e infecciosas; em 2017, essa taxa caiu para 1 em cada 5.

Mortalidade Infantil

taxa de mortalidade infantil

As crianças são particularmente vulneráveis a doenças infecciosas. Ainda no século 19, um terço das crianças do mundo morreram antes dos cinco anos de idade.

As taxas de mortalidade infantil felizmente decresceram desde então graças à cultura da vacinação e melhorias na higiene, na nutrição, no saneamento básico e acesso a água potável. Essa queda nas taxas é um dos maiores exemplos de sucesso dos cuidados de saúde modernos.

O número de crianças que morrem a cada ano caiu para menos de metade em décadas, pois melhoramos o combate a doenças contagiosas e infecciosas.

Com relação às doenças infecciosas em pessoas idosas, esses registros também diminuíram satisfatoriamente.   

O estilo de vida dos idosos vem mudando positivamente, graças ao maior acesso á informações e cuidados com a saúde e com o corpo, elevando assim as suas expectativas de vida, em geral.

Expectativa de vida

fonte: Metrópoles, imagem ilustrativa

A expectativa de vida nos EUA caiu pouco nos últimos anos, em decorrência dos maus hábitos alimentares e uso de entorpecentes. Segundo o governo americano, no início dos anos 2000, morriam cerca de 20 mil anualmente por overdose de drogas. Em 2017, essa taxa subiu pra 70 mil.

A expectativa de vida das novas mães também não aumentou de forma consistente. Em dez países registrados, uma jovem hoje tem, em relação à sua mãe no passado, uma probabilidade maior de morrer durante ou após o parto.

Mais além

O quadro hoje é positivo: os adultos estão mais longevos, enquanto menos pessoas – especialmente crianças – estão morrendo de causas evitáveis. Mas também é verdade que ainda temos um longo caminho a percorrer, para diminuirmos as taxas de morte por doenças, por exemplo.

Melhorias em saneamento e saúde básica são essenciais nesse processo.

O mesmo deve ocorrer com as medidas de educação e segurança no trânsito, por exemplo, e criação de políticas públicas voltadas à saúde mental.

É necessário um maior fluxo de informações e medidas preventivas para que a expectativa de vida continue a crescer.

Da redação com informações BBC.

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