O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de São Mateus do Sul (Comdim) realizou o I Encontro alusivo ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. A atividade foi organizada no Centro da Juventude, na manhã deste sábado (24/10) e reuniu mulheres para palestras, promovendo orientações e oficinas.
A psicóloga de Três Barras, Renate Jéssica Krzesinski – em entrevista à colaboradora Fabíola Franco do Portal e Rádio Cultura Sul FM – falou sobre ações e atitudes que as mulheres devem ter frente à uma violência ou abuso. “Ninguém tem o direito de por a mão em nenhuma mulher”, afirma. Ela observou que, desde o namoro, sinais de violência são detectáveis, sobretudo no quesito psicológico. Segundo ela, a mulher precisa estar empoderada e não permitir que ninguém comande sua vida.
Num casamento, a esposa pode aceitar determinadas situações, desde que isso seja de comum acordo. Segundo a psicóloga não pode se submeter ao simples interesse do companheiro, só porque ele age com autoritarismo ou então quer impor determinada “ordem”. Em caso de situação de abuso qualquer pessoa, de forma anônima, pode denunciar basta ligar para o número 180 de qualquer telefone. Além disso, o apoio psicológico visa superar os traumas, posteriormente.
A presidente do Comdim, Udi Diedrichs, explica que a organização deste evento, encabeçado pela entidade visou passar orientações com oficinas e palestras. “Diante das várias violências contra a mulher que tem ocorrido em São Mateus do Sul, no Brasil, como Conselho buscamos pensar o que podemos fazer”, cita, apontando a motivação para criar esse encontro.
A partir deste questionamento, auxiliado pelo delegado Jonas Amaral da 3ª Subdivisão de Polícia Civil (SDP) de São Mateus do Sul, se planejou o evento. Além dessa atividade, o intuito é dar este suporte de apoio para as mulheres buscarem soluções em caso de abusos. Segundo ela, este suporte está no departamento público, sobretudo no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
Para o delegado Jonas Amaral a iniciativa auxilia as pessoas, sobretudo, no incentivo para pessoas que são vítimas buscarem apoio para combater situações de abusos. Segundo ele, muitas mulheres têm receio de denunciar. Mas, por conta de campanhas realizadas cresceu o número de contatos. “Não tenho dúvida de que o aumento de denúncias tem a ver com essas campanhas. As pessoas se encorajam pelo incentivo recebido.”
Jonas Amaral aponta de que o repasse de informação é anônimo, se resguarda a identidade de quem informa. “As pessoas podem fazer as denúncias no disque 100 ou 180”, acrescenta, divulgando os números para estes contatos. A delegacia, conforme o delegado, está à disposição tanto para orientações quanto para combater essas práticas. “Precisamos fazer cessar esse ciclo de violência”, afirma.
Da redação com informações, fotos e dados via Fabíola Franco colaboradora Portal e Rádio Cultura Sul FM