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Embora não falte sangue, ainda faltam cerca de 100 mil doadores no Paraná

13 de junho de 2019 - Atualizado há mais de 1 ano atrás
4 minutos de leitura

Por Redação 97

Embora não falte sangue, ainda faltam cerca de 100 mil doadores no Paraná

No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta sexta-feira, dia 14, o Paraná tem muito a celebrar, mas também muito a conquistar e trabalhar com relação ao assunti. Embora a cada dia o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) receba em média 800 doações de sangue por dia, o número de doadores não supre a necessidade real. Existem hoje 225 mil doadores de sangue no estado (o equivalente a 1,98% da população), enquanto o número ideal de doadores seria de pelo menos 316 mil (2,78%), segundoa Organização Mundial da Saúde.

Apesar do cenário, Liana Andrade Labres de Souza, diretora do Hemepar explica não há falta de sangue no Paraná graças à existência de uma rede integrada e toda uma operação logística.

“Nós estamos quase 1% abaixo (do recomendado pela OMS), mas quando pegamos todo o Paraná não há falta desangue porque fazemos um trabalho de uso racional do sangue e porque trabalhamos em rede. Então o sangue excedente em Maringá, Francisco Beltrão , transportamos para Curitiba, e o que está excedente aqui vai para outras unidades. Então não temos falta de sangue para os procedimentos (médicos)”, explica Liana.

Segundo ela, então, a questão não chega a ser um problema, mas mais uma angústia, uma preocupação para o caso de uma catástrofe. “Não é um problema, só dá uma angústia nas pessoas que veem a geladeirameio vazia. Nossa preocupação é se tiver uma catástrofe, um grande acidente, e aí podemos ter alguma dificuldade e passar por isso de faltar (sangue)”, diz.

A se destacar, ainda, o fato de que o Paraná, embora longe do índice ideal projetado pela OMS, fica acima da média nacional, com 1,6% da população aparecendo como doadora de sangue, segundo o Ministério da Saúde. Segundo Liana, uma possível explicação para isso é a forte imigração europeia e asiática para a região Sul do Brasil, em especial a imigração vinda de países como Alemanha, França, itália e Japão.

“Sempre tivemos uma boa resposta dos doadores quando precisamos, alertamos que estamos com necessidade. Talvez (esse maior percentual de doadores no Paraná) venha da formação, porque recebemos muitos imigrantes de países que tiveram nas suas histórias muitas guerras, catástrofes, e por isso precisaram sempre de reposição de sangue, o que acaba gerando uma cultura muito maior nesse sentido.”


De acordo com Liana Andrade Labres de Souza, diretora do Hemepar, depois de registrar em janeiro um crescimento de 10%, nos últimos meses as doações de sangue feitas ao Hemepar têm mantido o mesmo nível verificado no ano passado. A preocupação é que no mês de junho, por causa do frio, da maior incidência da gripe e de ataques alérgicos, o número de doações costuma cair cerca de 30%.

Para contornar o problema e evitar uma queda muito acentuada, uma série de ações estão programadas. No dia 14, por exemplo, haverá uma ação especial na Camerata Antíqua de Curitiba, onde as pessoas poderão fazer uma doação “mais agradável”, com música e brinde no lanche para os doadores. Além disso, em toda a Hemo Rede os lanches serão incrementados no Dia Mundial do Doador de Sangue, também com a distribuição de brindes e outros materiais aos doadores.

Além disso, do dia 14 ao dia 31 acontece a campanha Sangue de Torcedor, que pretende incentivar os fãs de futebol a realizarem doações, e ao longo desta semana militares do Exército que atuam no Paraná estão doando sangue em todo o estado.Já em julho, uma parceria com a Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (Smelj) de Curitiba irá incentivar os atletas curitibanos a doarem sangue

Da redação Portal Cultura Sul com informações do Bem Paraná.

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